segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Andebol de Base em campos reduzidos, proposta de Modelo de competiçao, Antonio Cunha

INTRODUÇÃO:
Minha formação na área do Andebol tem duas escolas:
Balcãs /Escandinava (são muito semelhantes) e francesa
-minha experiencia como atleta e treinador nos escalões do andebol de base, mesmo sendo Treinador Principal dos vários clubes em que estive, Selec.Nacional, FCP-SLB-ABC-SCP-BFC.

Fiz muita formação em estágios, seminários a nível do Andebol de base, praticas nas escolas e clubes (semelhantes) dos Balcãs e tendo como apoio as selecções nacionais e seus treinadores e o clube mais representativo desta abordagem metodológica e com resultados ao longo de dezenas de anos o Metaloplastika (vários vezes campeão europeu de clubes e maior fornecedor de atletas para a selecção Nacional Jugoslávia.(Republica de montenegro), CONVVERSAS INFORMAIS DE MUITS HORAS COM O Mentor do Andebol em campos reduzidos Vinic Tomlianovic director técnico da Croácia.




ANDEBOL DE BASE
(bambis, minis e infantis):

Modelo de competição:

No campo normal de 40x20 se marcam 3 campos de 20x13 com balizas normais, reposição da bola da área do GR, área circular de 5 metros (facilidades de remates), numero de jogadores 5, (GR+laterais+pontas). Objectivo motivação para a prática do andebol, jogo livre com aplicação de 3 conceitos básicos:
-ocupação do espaço
-circulação da bola
-circulação de jogadores

JOGO:

-3 Partes de 10`

-1/2 Parte jogo livre para desenvolver a criatividade, motivação e tomada de decisão, como complemento a descoberta de Talentos ( mais rápidos a pensar e a decidir)
Intervalo com ida ao balneário

-3 Parte HXH para desenvolver a resistência específica dos atletas.

Resultado desportivos só dos dois períodos

Resultado do 3 período castigo pedagógico (diferença de golos a equipa vencida dava uma volta a pista pela diferença de golos), a equipa vencedor ficava no campo fazendo remates em situações de 1X1.

No final do jogo conversa do treinador com os jovens praticantes e valorizando as tarefas referenciadas no jogo e consequência do treino e apelando aos jovens jogadores a sua disponibilidade futura.


ESTRUTURA DO JOGO DE ANDEBOL:
Jogo colectivo de invasão, luta de espaços e objectivo, marcar golos na baliza adversária e evitar sofrer. Resultado final Vencedores, Vencidos. O empate não existe e caso aconteçam, recorre-se a marcação de 4 livres de 6Metros.

Elementos básicos na aprendizagem dos novos jogadores de andebol:

-Historia do Andebol

-Regras básicas (passos (3 passos ou 4 apoios com a bola na mão), violação, dribling e 3` ) , lei da vantagem, falta atacante, jogo passivo,.

-Técnica individual passe, recepção, remate e dribling

-Técnica/táctica individual:
Saber e gostar de jogar o 1X1.

-Táctica de grupo:
5x5, Passa e Vai, combinações lateralE-lateralD, lateral-ponta E/D, troca de posição(lateral/ponta) utilizando o Cruzamento.

Ataque Após a conquista da bola ataque rápido ou contra ataque, passes curtos e finalização. Jogo formal ataque contra defesa

Defesa - perda da bola zona pressing e tentativa de recuperação da bola, paragem do ataque rápido, organização da defesa defesa contra o ataque.

ROTAÇÃO DE LUGARES NAS ZONAS DA DEFESA na descoberta do seu espaço preferencial (habitat do atleta), em cada período de 10´ minutos rotação de lugares na defesa (1GR, da esquerda para a direita na área, 2,3,4,5.) Exemplo os jogadores rodam passando da zona 1 para a 2, da 2 para a 3 e assim sucessivamente. Esta metodologia experimentada nas aulas de estudo práticos tem tido enorme sucesso há 2 anos lectivos e evita a saída precoce dos novos praticantes porque eles tem uma ideia do lugar o o seu treinador de outra e por isso abandonam o andebol.

ARBITRAGEM:
Aplicação das regras básicas, falta atacante e lei da vantagem.
Árbitros: os próprios professorem ou treinadores ou jovens atletas com curso de arbitragem de Base.

FAMILIA:
Integração da família no processo ensino aprendizagem do andebol da base, com explicação dos treinadores e os objectivos a percorrer pelos jovens, sem adesão da família a progressão dos jovens e muito mais lenta e penosa, porque a vontade de VENCER por parte dos novos praticantes é muito mais motivadora.

Procuram-se canhotos e ninguém os encontra, SÉRGIO PIRES

Procuram-se canhotos.....


Crise. Com Maldini reformado e Roberto Carlos a caminho, faltam laterais-esquerdos. Franceses e Ashley Cole são as excepções
Os apaixonados adeptos de futebol bem podem perguntar: onde param os sucessores de Paolo Maldini e Roberto Carlos? Com a aposentação do italiano, no final da última temporada, e a pré-reforma do brasileiro, que assinou recentemente pelo Corinthians, regressando ao compassado futebol sul-americano, os relvados da Velha Europa deixaram de ter como referências os dois expoentes máximos daquela que é provavelmente a posição mais carenciada do futebol actual.
Auscultados pelo DN, ex-laterais-esquerdos portugueses salientam essas duas perdas. Augusto Inácio e Dimas preferem o estilo rigoroso e pleno de garra de Maldini com o mesmo argumento: "Um lateral é, antes de mais, um defesa e, como tal, deve sobretudo saber defender bem, antes de ajudar no ataque". Já Rui Jorge é mais apologista da extravagância ofensiva e de toda a técnica e potência do "pé canhão" de Roberto Carlos. Para o ex-jogador de FC Porto e Sporting e actual técnico dos juniores do Belenenses o ainda futebolista brasileiro "marcou uma geração" e "servia de bitola para todos os outros".
Porém, bem mais difícil para este trio de canhotos é explicar a actual crise de laterais-esquerdos que atinge não só o futebol nacional, mas também as principais selecções e equipas mundiais: as honrosas excepções servem precisamente para confirmar a regra. Sim, há o inglês Ashley Cole, titularíssimo do Chelsea, cujos milhões chegam para ter no banco outro bom valor na posição: o russo Yuri Zhirkov. E há sobretudo uma legião francesa de excelentes laterais-esquerdos. Os bleus contam com Patrice Evra (Manchester United) e Éric Abidal (Barcelona) entre os preferidos do seleccionador Raymond Domenech, mas têm como reservas de luxo os jovens Gaël Clichy (Arsenal) e Aly Cissokho (Lyon) - o tal que o FC Porto conseguiu valorizar de 300 mil para 15 milhões de euros em seis meses de estada no Dragão.
Estas são, porém, excepções, que serviam às mil maravilhas os interesses de outras selecções - ou alguém tem dúvidas de que Clichy ou Cissokho eram titulares das suas selecções caso fossem portugueses ou espanhóis? Logo, alargando o espectro às principais selecções mundiais, não se encontra para já um cenário de abundância.
Holanda e Itália adoptam como respectivas soluções os veteranos Giovanni van Bronckhorst (34 anos) e Fabio Grosso (32 anos). Já o Brasil, tão órfão de Roberto Carlos quanto a Itália de Maldini, não aproveitou Fábio Aurélio (Liverpool), Maxwell (Barcelona) e Marcelo (Real Madrid) para apostar em jogadores que, apesar do talento, estão longe da valia do restante elenco: Gilberto, do Cruzeiro de Belo Horizonte, Kléber, do Internacional de Porto Alegre, e André Santos, do Fenerbahçe, têm sido opções para Dunga, que está longe de dispor à esquerda dos craques com o nível dos que tem na lateral direita - Maicon (Inter) e Daniel Alves (Barcelona). Tal como a Espanha, que do lado esquerdo conta com o apenas esforçado lateral catalão do Villareal Joan Capdevila. Por sua vez, a Argentina, já sem Juan Pablo Sorín, acabou por derivar o também algo limitado Gabriel Heinze do centro da defesa para a faixa carenciada.
A Alemanha adaptou o destro Philipp Lahm, ao passo que Portugal durante o apuramento para o Mundial evoluiu de uma solução semelhante, com Paulo Ferreira (colega de equipa no Chelsea de Ashley Cole e Zhirkov...) a jogar na esquerda, para o recuo de Duda, um extremo que tem a vantagem de jogar com o pé preferido no flanco certo mas perde pontos na dinâmica defensiva.

"Incentivar jovens a actuar em posições mais recuadas"
O que explica a falta de
laterais-esquerdos?
Não há muitos exemplos de grandes laterais-esquerdos no futebol mundial, depois de Roberto Carlos e Paolo Maldini, mas continua a haver bons jogadores nessa posição. Fala-se cada vez mais em escassez porque há menos canhotos do que destros e os que há são desde muito jovens colocados a jogar na frente, para aproveitar o seu talento. Em Portugal acontece isso; os esquerdinos existem em menor quantidade e quando eles aparecem com boa capacidade técnica há a tendência para tirar maior rendimento deles no ataque.
Acha possível em Portugal formar de base jogadores para posições deficitárias como esta?
É possível e devia de ser uma prioridade colmatar desde os escalões de base as posições deficitárias do futebol português. Há que incentivar os jovens jogadores a actuar em posições mais recuadas, mesmo que isso signifique em algu- ma medida algum prejuízo em termos de aproveitamento do talento num sector mais ofensivo.
No caso de se adaptar um jogador à posição de lateral-esquerdo, acha preferível recuar um esquerdino de um sector mais ofensivo ou apostar na troca de flanco de um lateral-direito?
Geralmente, opta-se por adaptar laterais-direitos porque um jogador que actua mais à frente não tem tanta cultura defensiva e capacidade de sofrimento para jogar numa posição recuada. Por isso, acho mais razoável adaptar um lateral-direito ao flanco esquerdo da defesa.
Qual é o seu exemplo de um lateral-esquerdo de eleição que colha a unanimidade por treinadores e adeptos?
Roberto Carlos é o expoente máximo da minha geração, ele foi a bitola para todos os outros. Outro seria o Paolo Maldini, mas num estilo de jogo mais defensivo que o Roberto Carlos.