Universidade do Porto
Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física
Treino de Guarda-Redes de andebol
nas Várias Escolas Internacionais
Pesquisa Bibliográfica
Mestre António Cunha
Lic.Carla Pinto
Setembro 2002
ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO...............................................................................................3
2 – DESENVOLVIMENTO...................................................................................5
3 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................9
4 – ANEXOS......................................................................................................16
1 -INTRODUÇÃO
É cada vez mais importante no jogo de Handebol o Goleiro , quer nos resultados atingidos quer nas múltiplas tarefas que o mesmo exerce durante o jogo face ao exposto resolvemos fazer uma investigação às varias escolas de handebol internacional para caracterizar e justificar a técnica de baliza utilizada pelos melhores Goleiros de Handebol e que passamos a enumerar:
É considerado o jogador mais importante, sendo-lhe atribuído 50% da responsabilidade de um jogo.
Um Goleiro médio tem um peso na equipa de 40%, um bom tem 65% e um muito bom tem 80% (Salgado,1995).
É frequente assistirmos a jogos em que o Goleiro é o elemento desequilibrador e muitas vezes o resultado final depende do rendimento por ele atingido (Pereira, 1997), principalmente quando nos referimos a jogos de alto nível.
O seu papel é decisivo para o sucesso e prestação colectiva da sua equipa, através das prestações individuais consegue influenciar os seus colegas e toda a organização ofensiva do adversário (quando um Goleiro faz um bom jogo, o resto da equipa está mais confiante, a entrega no jogo é maior desmoralizando o adversário, ao ponto de comprometer toda a sua organização ofensiva. Mas o contrário também acontece, ele pode ser o responsável pela desmotivarão dos seus colegas e pela crescente confiança do adversário).
Apesar do andebol ser uma modalidade colectiva, onde a cooperação é bastante importante, o Goleiro na maioria das suas acções é um jogador solitário, os seus erros são punidos com um golo, enquanto os dos colegas são possíveis de serem corrigidos por este .
É o jogador mais observado pelos espectadores, é nele que recaem as culpas dos golos e nem sempre lhe é dado o mérito das grandes defesas. Muitas vezes, são as sua intervenções que contribuem para a espectaculosidade de um jogo.
Num jogo, o Goleiro é considerado o primeiro atacante (é ele que decide, num curto espaço de tempo se deve acelerar ou retardar o ataque da sua equipa) e o primeiro defensor, nas situações de contra-ataque directo do adversário ou o último defensor sempre que os seus colegas cometem erros.
Mas, apesar do Goleiro ser um jogador de destaque numa equipa de andebol, não pudemos diminuir o mérito dos restantes jogadores que constituem essa mesma equipa .
Apesar de se reconhecer a importância e o papel decisivo do Goleiro de andebol numa equipa, “ sabemos que na maioria dos casos o Goleiro está privado de uma sistemática preparação “. (Pereira, 1997, pág. 15).
Os estudos sobre este assunto são escassos, quer a nível nacional, quer a nível internacional.
Em Portugal, os Goleiro têm características muito próprias, não sendo por isso possível inclui-los em nenhuma das escolas já existentes a nível internacional (escola Russa, Sueca, Balcânica e Alemã) pode-se sim retirar algumas acções que melhor se adaptem às suas características (Oliveira,1996).
2 – DESENVOLVIMENTO
Actualmente e no alto nível, já assistimos a uma crescente preocupação por parte dos treinadores em planear os treinos e os jogos tendo presente a existência do Goleiro. Contudo, ainda existe quem queira ganhar jogos sem se preocupar com a preparação deste jogador.
Esta realidade não é tão invulgar quanto parece, uma vez que, são muitos os treinadores que se esquecem do Goleiro no seu planeamento de treinos, ignorando que este jogador tem os mesmos direitos a um treino cuidadosamente planificado, como os restantes colegas de equipa.
A ausência de preocupação por parte dos treinadores na preparação dos seus Goleiro, pode ser um forte motivo para a crescente desmotivação e consequente abandono por parte destes jogadores. Pois é difícil para um Goleiro compreender a importância e a responsabilidade que lhe são atribuídas, uma vez que a sua preparação é quase sempre “deixada ao acaso”.
No treino de Goleiro o treinador pode ter como referência as diferentes escolas (vêr em anexo), mas nunca deve impedir o aparecimento e desenvolvimento do estilo individual deste jogador, uma vez que não existe uma técnica única para todos os Goleiro (Pereira, 1997).
O treino de Goleiro deve ser específico e individualizado, não quer isto dizer que não deve estar incluído o trabalho com a restante equipa, mas sim que tem de contemplar todas as exigências deste posto específico.
Não só o modelo padrão da técnica e táctica de baliza (Quadro 1) como o estilo do Goleiro, as suas qualidades somáticas, sensório-motoras e volitivas (quadro 2) têm de estar presentes no planeamento de um treino de Goleiro.
Quadro 1 – Componentes técnicas e tácticas do Goleiro de Andebol.
Componentes da técnica e táctica do Goleiro de Andebol
Técnica Defensiva Técnica Ofensiva Táctica Defensiva Táctica Ofensiva
• Posição base:
- Remates de longa, média e curta distância;
- Remates de ponta.
• Deslocamentos:
- Associados a situações, posições e intervenções.
• Situações/colocação.
• Intervenções antes do
Remate:
- Perpendicularidade;
- Exteriores;
- Localização;
- Distância. • Passe
• Remate
• Deslocamentos:
- Com e sem bola.
• Drible
• Finta • Princípios gerais:
- Conservar o equilíbrio;
- Manter a situação com a bissectriz do ângulo de remate
- Manter o contacto com o solo e não saltar;
- Utilizar as duas mãos é melhor que só uma;
- Controlar a bola em vez de a amortecer;
- Amortecer a bola em vez de a projectar;
- Desviar a bola para os lados;
- Campo visual amplo na defesa;
- Estudar o adversário;
- Não antecipar-se ao remate.
• Tarefas individuais:
- Mudanças de situações;
- Intervenções (defesas de bolas baixas, meia altura e altas):
*Contra-ataque;
*6 m;
*7 m;
*9 m;
*Pontas.
- Fintas de posição;
- Interceptar contra-ataque.
• Tarefas colectivas:
- Organização da defesa;
- Colaboração com a defesa. • Princípios gerais:
- Campo de visão amplo na reposição da bola;
- Capacidade de decisão espontânea;
- Rápida recuperação da bola.
• Tarefas individuais:
- Passes de contra-ataque curtos, médios e longos;
- Remate directo.
• Tarefas colectivas:
- Intervenções como jogador de campo.
Quadro 2– Qualidades somáticas, sensório-motoras e volitivas do Goleiro
de Andebol.
Qualidades de um Goleiro de Andebol
Somáticas Sensório-motoras Volitivas
Altura
Envergadura
Peso Velocidade de reacção
Velocidade de antecipação
Velocidade de execução
Mobilidade
Potência
Flexibilidade
Coordenação
Agilidade
Resistência específica
Força Coragem
Combatividade
Concentração
Atenção
Espírito de decisão
Autoridade
Autonomia
Vontade
Disciplina
Auto-disciplina
Responsabilidade
Sacrifício
Controlo de emoções
O treino de Goleiro é bastante complexo, deve ser variado e progressivo. A idade , a constituição física do atleta, bem como a carga de treino são aspectos bastante importantes a considerar.
As sessões de treino podem ser constituídas por (Pereira, 1997):
1-Trabalho individual.
2-Trabalho específico:
2.1- Mobilização específica ligada à técnica (equilíbrio, deslocamentos, flexibilidade);
2.2- Técnica (posição base, defesas, recepção da bola);
2.3- Qualidades físicas e psíquicas;
2.4- Alguns problemas particulares;
2.5- Táctica.
O treino de Goleiro que na maioria dos casos é ignorado, deve ser alvo de bastante reflexão e empenhamento por parte do treinador.
È necessário que os treinadores reflictam mais sobre o trabalho que desenvolvem com os seus Goleiro, uma vez que não é só coloca-los na baliza e mandá-los defender.
Não se pode atribuir a maior percentagem de responsabilidades ao Goleiro que não treina as suas acções de uma forma sistemática e progressiva como os seus colegas de equipa.
Se este posto específico é o suporte de uma equipa, não pode ser tratado com leviandade.
Treinar uma equipa de Andebol, implica treinar os Goleiro.
3 -PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
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4 - ANEXOS
ESCOLAS INTERNACIONAIS DE GOLEIROS
Escolas de Goleiros Características
Russa • Posição base relativamente estreita e estável. Braços arqueados e as mãos à altura dos ombros ou em frente ao peito;
• Defesa a bolas altas – Uma mão e a impulsão é feita com a perna do lado contrário ao da bola;
• Defesas a média e a baixa altura – Apartir de uma posição fixa e raramente “caem”;
• Remates da zona frontal ( 6 m) – Perna fixa;
• Remates das pontas – Perna fixa. Se o ângulo for reduzido encostam-se ao poste ou dão um passo frente;
• Valorização da disciplina e rigorosa distribuição das tarefas com a defesa;
• Bom jogo posicional e trabalho conjunto com a defesa;
• Pouca flexibilidade na solução de situações não normalizadas.
Balcânica
(jogadores jugoslavos, romenos, húngaros e alguns espanhois) • Posição base – Semelhante à escola russa, defesa em equilíbrio, raramente caem ou perdem o contacto com o solo. Mãos colocadas ao lado da cara ou em frente ao peito;
• Defesa a bolas altas – Impulsão com a perna do lado contrário à bola. Por vezes utilizam a perna do lado da bola para ajudar;
• Defesa a bolas a meia e baixa altura – Salto para a frente e na diagonal, braços e pernas abertos e baixam o centro de gravidade;
• Remates da segunda linha – Bastante activos, utilizam a defesa em “leque”;
• Colaboração com a defesa não é rígida.
Escolas de Goleiro Características
Alemã • Posição base - Mais alargada, colocação das mãos varia entre a altura dos ombros e das ancas;
• Defesas a bolas altas – Com uma ou duas mãos, impulsão com a perna do lado contrário à bola. Utilização da perna do lado da bola em situações “urgentes”;
• Defesa a meia e baixa altura – Salto para a frente, braços e pernas abertas, raramente vão ao chão, por vezes utilizam as mãos para blocar a bola;
• Remates da segunda linha – Utilizam a defesa em “leque” ou defendem com uma perna;
• Remates de ponta – Com ângulos reduzidos, sob pressão do defensor, utilizam o factor surpresa, saem e utilizam o corpo para cobrir o ângulo;
• Remates de curta distância – Tentam dirigi-lo para determinado local.
• Colaboração com a defesa, distribuição de tarefas;
• Os mais experientes variam as suas acções em função do adversário.
Sueca • Posição base - Pouco estável, movimentações constantes com os braços colocados lateralmente;
• Defesas em desiquilíbrio não evitando a queda;
• Remates de 1ª linha -Deslocamento do corpo para o lado da bola, seguida de queda para o mesmo lado;
• Remates de 2ª linha - Aproxima-se do rematador para reduzir o ângulo, defende lateralmente;
• Remates de ponta - Atitude bastante agressiva, avançando para o rematador tentando ludribiar-lo;
• Grande flexibilidade e agilidade, ocupam bem os espaços com movimentos amplos dos braços e do resto do corpo, seguido de queda e recuperação rápida do equilíbrio.