sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DANÇA COM LOBOS Nicolau Sevcenko USP

DANÇA COM LOBOS

ATACANTE DE HANDEBOL É UM SER INSPIRADO, OBRIGADO A DESENVOLVER RITMO E IMAGINAÇÃO PARA SOBREPUJAR A MURALHA TÁTICA DA DEFESA ADVERSÁRIA
por Nicolau Sevcenko (professor de história na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana da USP e autor de "Orfeu Extático na Metrópole" (Cia. das Letras) entre outros.)
Texto publicado no jornal Folha de São Paulo

Vivi alguns dos momentos mais intensos da minha vida em quadras de handebol. O jogo era uma fissura, uma paixão, uma compulsão. Sempre que podia, passava na quadra o dia inteiro, treinando, jogando e, exausto, voltava para casa e ia dormir sonhando que continuava no jogo.
Compartilhei das primeiras gerações que introduziram o handebol em São Paulo, entre os anos 60 e 70. Tudo era muito novo e excitante, não havia padrões de treinamento, de técnica, de formação tática, posicionamento ou de jogadas. Era um mundo novo para ser incorporado, vivido e inventado em plena ação. Era pura liberdade, explosão e imaginação. Por sorte fiz parte de uma geração incrível. Entre o colégio e, depois, os clubes, em cerca de uma década, deu para encher uma sala de troféus e um baú de medalhas. Jogava no colégio Américo de Moura, heptacampeão dos jogos estudantis. Depois vieram o turbilhonante Juventus, o General Motors, o São Caetano e o Santo André.
Eu era um finalizador, mas dependia, para cada movimento, de um grupo de autênticos gênios na armação: Vitché, um cérebro com braços e pernas; Cidão, um instinto com pernas e braços; Artur, a agilidade do vento e a visão da águia; Montanha, olímpico e gelado; Alberto raio-X do jogo, de todo e qualquer jogo. Os goleiros eram prodígios: Rossini, Fred, William. E outros, muitos outros para mencionar aqui.
Há quem pense, porque o handebol é um esporte de contato intenso, que ele depende de físico, confronto e atrito. Ledo engano. Os segredos do jogo são sutileza, ritmo, presença de espírito e força de imaginação. Ao contrário do basquete, que implica uma marcação em estrela e uma área penetrável por todas as direções, no handebol a defesa se fecha numa coluna cerrada, e a área é zona proibida para os jogadores. Isso cria uma situação travada, com ataque e defesa se enfrentando num espaço superlimitado, entre a marca da área e a linha pontilhada dos nove metros.
Com base só na força, sobretudo diante de uma defesa de molejo flexível, que avança e recua em bloco ao mesmo tempo, não passa nem a cavalaria americana. O único jeito de fazer ruir essa muralha, é desestabilizando a sua unidade estrutural. Só há um modo de conseguir isso: dançando. Eis a revelação, o handebol é uma forma simultaneamente rigorosa e improvisada de dança. Diante de um adversário solidamente plantado, em coesão flutuante, é preciso criar redemoinhos, vários deles, em direções contrárias.
O que ganha o jogo é graça, inovação, surpresa e coordenação coreográfica. Dançar, hipnotizar, desestruturar a concentração do oponente e correr para comemorar. Claro que para conseguir esse resultado há fundamentos essenciais: técnica, controle de bola, jogo de equipe e um amplo repertório tático-estratégico. Preparo físico, como sempre, é crucial. Mas um jogador de handebol tem que ser acima de tudo um inspirado. Esse jogo abriu minha imaginação em dimensões que eu ainda estou explorando até hoje. Que as seleções brasileiras brilhem em Atenas e inspirem esta nação nesses tempos tão turvos.

PROJETO CAÇA TALENTOS CBHandebol

PROJETO
CAÇA TALENTOS
2006

Dentro da política de incentivo e promoção do esporte, uma das preocupações da Confederação Brasileira de Handebol é a “garimpagem” de talentos para descoberta de novos valores, visando com isso o crescimento da modalidade até que se transforme em esporte de massa no Brasil. Por este motivo, a CBHb criou o Projeto Caça Talentos contando com o apoio das Federações, Clubes e Órgãos Municipais e Estaduais de Desporto, bem como com nosso patrocinador.
De acordo com o regulamento, cabe à CBHb – Confederação Brasileira de Handebol a premiação às equipes vencedoras e a distribuição da premiação em cada fase. O Projeto Caça Talentos busca jogadores em todos os Estados para torná-los profissionais no futuro e, em pouco tempo, ganhou a adesão de dezoito estados. Em 2004, as competições realizadas em todo o país contaram com a participação de 249 equipes.Agora, em 2005, são 180 equipes em 15 Estados.
O programa busca revelar atletas da categoria Cadete (nascidos a partir de 1990/91) e é dividido em quatro fases: municipal, estadual, regional e final. As escolhas são feitas em uma espécie de torneio classificatório. Dividiu-se o Brasil em oito regiões para a disputa dos campeonatos. Os olheiros estão presentes apenas a partir da fase estadual. Aqueles que se destacarem durante os jogos e não forem vencedores nessa etapa podem ser aproveitados pelo time classificado. Desta forma, nós temos um leque maior de possibilidades. Em 2004 ao todo foram distribuídos às equipes classificadas do primeiro ao terceiro lugar o total de 1620 bolas e 108 uniformes.
Os organizadores acreditam dobrar o número de participação este ano, porque o programa foi muito bem aceito por todos os dirigentes, que assumiram um compromisso de incentivar o Caça Talentos em suas Federações.

Intervenção do Treinador/ Professor na Formação Desportiva dos Jovens

Intervenção do Treinador/ Professor na Formação Desportiva dos Jovens na modalidade de Andebol



Neste trabalho pretende-se discutir a intervenção do treinador/ professor na formação desportiva dos jovens na modalidade de Andebol, procurando enquadrá-la dentro dos pressupostos que nós, enquanto professor e técnico desportivo de muitos homens, hoje, distintos elementos da sociedade e do desporto, colocamos na formação dos mesmos.

A prática física e desportiva dos jovens, não só como modelo competitivo, mas sim e também, como modelo, estratégia de mudança de “hábitos” e adopção de estilos de activos é hoje uma realidade, uma necessidade premente em “conquistar” os mais novos à prática do exercício físico, e, como formadores/ treinadores a nossa missão é ajudar as pessoas a crescer, a se desenvolverem física e psiquicamente como seres com utilidade, a prestarem serviço à comunidade e, no futuro, serem eles os educadores das futuras gerações. Tem sido assim durante todos estes anos e será, concerteza assim, nas gerações vindouras, já que pensamos que as características do formador/ treinador, a sua formação e experiência, aliadas às capacidades dos atletas, são determinantes no sucesso desportivo e na relação pedagógica em desporto (Richheimer, P. & Rodrigues, J., s/d)

Onde se inicia a formação? Que questão mais pertinente à qual, muita gente, procura resposta mas, na maior parte das vezes, não a encontra. Podemos fazer uma análise acerca do problema, debatê-lo e, em algumas ocasiões chegar a algumas conclusões, no entanto, a questão fundamental perdurará. Na maior parte dos casos, a formação inicial começa na família, passando depois para a Escola, e, em simultâneo com a vida. No entanto, podemos dizer que a nossa intervenção, como Professor/ treinador começa na Escola e continua no Clube como técnico desportivo.

A envolvência desportiva dos jovens começa, muitas vezes, pelo professor de Educação Física,

Curiosidades site da CMMaia

Curiosidades

* O andebol estreou-se nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, contudo naquela altura ainda se jogava com 11 jogadores cada equipa;
* A Alemanha foi a primeira selecção a vencer a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos precisamente no seu país;
* A partir dos Jogos Olímpicos de Londres em 1948 o andebol ficou de fora das modalidades oficiais só retornando nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972;
* A primeira equipa não europeia a vencer a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos foi a Coreia do Sul, selecção feminina, nos Jogos de Seul de 1988 e em Barcelona em 1992;
* No sector masculino só venceram ainda equipas europeias nos Jogos Olímpicos, demonstrando a hegemonia dos países europeus nesta modalidade;
* A selecção masculina Norte-americana que participou nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 foi convocada de forma peculiar. Como a modalidade não é muito conhecida nos EUA, foram convidados jovens atletas de basquetebol, basebol e futebol americano que tinham estatura, massa muscular e impulsão, mas que não estavam a jogar bem nas modalidades que praticavam. Os atletas escolhidos treinaram durante quatro anos e ficaram em 9.º lugar nos Jogos Olímpicos de Atlanta;
* A selecção masculina da Alemanha, país onde foi criada a modalidade, nunca ganhou uma medalha de ouro em competições indoor;
* Roswitha Krause conquistou nos Jogos Olímpicos de Montreal em 1976 a medalha de prata pela selecção da Alemanha Oriental contudo a curiosidade vem que 8 anos antes nos Jogos Olímpicos do México em 1968, ela tinha subido ao pódio olímpico para receber a medalha de bronze de natação nos 4x100m livres;
* A Federação Portuguesa de Andebol foi fundada em 1 de Maio de 1939, contudo a actual designação é Federação Andebol de Portugal;
* O início da modalidade em Portugal está ligado a Armando Tschopp que foi o responsável pela publicação das regras da modalidade em 1929.

o ABC do Jogo site CMMaia

ABC

Agressão - é um ataque violento e deliberado contra o corpo de outra pessoa (jogador, árbitro, secretário/cronometrista, oficial de equipa, delegado, espectador etc.). Por outras palavras, simplesmente não é uma acção reflexa ou o resultado de métodos descuidados e excessivos. Cuspir noutra pessoa é especificamente considerado como agressão se essa pessoa for atingida.

Golo - é válido quando a bola na sua totalidade ultrapassa a linha de baliza, desde que nenhuma violação às regras tenha sido cometida pelo rematador ou um companheiro de equipa antes ou durante o remate.

Linha de lançamento livre - (linha de 9 metros) é uma linha tracejada, desenhada a 3 metros da parte exterior da linha de área de baliza.

Linha de 7 metros - é uma linha com 1 metro de comprimento, centrada à frente da baliza. É paralela à linha de baliza e está a 7 metros da mesma (medida da parte anterior da linha de baliza até ao limite exterior da linha de 7 metros).

Linha de restrição do guarda-redes - (linha de 4 metros) é uma linha com 15 cm de comprimento, está situada directamente à frente da baliza. É paralela à linha de baliza e está a 4 metros da mesma (medida da parte anterior da linha de baliza até ao limite exterior da linha 4 metros).

Linha central - une os pontos médios das duas linhas laterais.

Linha de substituição - (um segmento da linha lateral) para cada equipa estende-se da linha central até à distância de 4.5 metros da mesma. O extremo desta linha deverá ser assinalado por uma linha paralela à linha central, com 15 cm para a parte interior da linha lateral e 15 cm para a parte exterior da mesma. Tem como objectivo assegurar substituições feitas de forma desportiva ordenada.

Jogo passivo - Não é permitido manter a bola na posse da equipa sem que seja efectuada qualquer tentativa para atacar ou rematar à baliza.

Gestos Técnicos site CMMaia

Gestos Técnicos Frequentes
RECEPÇÃO


A recepção é o gesto técnico que permite controlar a bola com segurança de forma a poder jogar imediatamente a seguir.

No momento da recepção o atleta deve enquadrar-se com o companheiro que lhe vai passar a bola e na altura da recepção os braços deves estar estendidos com os cotovelos descontraídos para que quando a bola entrar em contacto com as mãos eles flectirem para amortecer a velocidade desta e protegê-la do corpo.

Na recepção, os polegares das duas mãos devem tocar um no outro formado com os indicadores uma letra “W”, a colocação correcta dos polegares é fundamental para que a bola não escorregue.

A recepção pode ser de 2 tipos:

* Média – quando se efectua a recepção à altura do peito;
* Alta – quando se efectua acima ou na linha da cabeça.




OS PASSES


O objectivo do passe é passar a bola a um companheiro melhor colocado. Contudo um bom passe depende de vários factores, tais como a força, a distância a percorrer, a trajectória, a altura e a velocidade.

Após o jogador efectuar a análise dos factores que enumeramos anteriormente pode optar por vários tipos de passe mas o mais utilizado é o passe de ombro.

O jogador deve dominar bem este GTF pois durante um jogo tem que ser rápido a escolher o tipo de passe bem como efectuar uma boa leitura do posicionamento dos seus companheiros para decidir a quem passar a bola. Deve também ter em atenção que o objectivo final do passe é fazer chegar a bola ao seu companheiro de forma a este poder joga-la, para tal a transmissão tem que ser efectuada em sincronização com o companheiro que a vai receber atendendo ao movimento de desmarcação no tempo e no espaço.

Portanto aquando do passe o jogador deve:

* Orientar-se na direcção do seu companheiro de equipa ao qual quer endossar a bola;
* Ter em atenção ao ângulo recto que o braço e o antebraço da mão que possui a bola deve formar, ficando o cotovelo à altura do ombro;
* Manter a palma da mão por trás da bola;
* Conduzir o braço contrário na direcção do companheiro de equipa a que vai passar, quando lançar a bola;
* Fazer recuar o braço livre aquando do passe, na altura do passe, à medida que o ombro do braço que executa avança.



OS REMATES


A partir do momento que se efectua um lançamento com o intuito de introduzir a bola na baliza, marcar golo, considera-se um remate. Este é o gesto que normalmente finaliza uma jogada de ataque e é o resultado de uma série de combinações de equipa.

O remate mais utilizado é o de ombro, que pode ser efectuado de várias formas:

*

Em apoio – é idêntico ao passe de ombro com a diferença que aqui não se vai passar ao companheiro mas sim tentar introduzir na baliza aplicando para tal a máxima forma ou muita perícia para ludibriar o guarda-redes. Utiliza-se na marcação do livre de 7 metros ou na marcação do livre de 9 metros quando a intenção é tentar marcar mesmo golo.
*

Em suspensão – é utilizado usualmente após um contra-ataque ou entre dois adversários. Este tipo de remate é muito vantajoso pois permite encurtar a distância à baliza por intermédio do salto, bem como retardar o remate esperando por uma reacção do guarda-redes, o que lhe permite colocar depois a bola com maior facilidade. Geralmente a sua execução parte de uma corrida ou balanço de dois ou três passos rápidos terminando em salto no último passo, quando o jogador já estiver no ar efectua o balanço para trás com o braço portador da bola e o ombro contrário em posição avançada. Quando
atingir o ponto mais alto da trajectória executa o remate com o avanço do braço que remata à frente.

Regras Importantes O TEMPO DE JOGO site CMMaia

Regras Importantes
O TEMPO DE JOGO


O tempo de jogo normal para todas as equipas com jogadores de idade superior a 16 anos (inclusive) é de 2 partes de 30 minutos cada. O intervalo entre ambas é normalmente de 10 minutos. O tempo de jogo normal para as equipas mais jovens é 2 x 25 minutos para as idades entre os 12 e os 16 anos e de 2 x 20 minutos para as idades entre os 8 e os 12 anos. Em ambos os casos o intervalo entre as duas partes é normalmente de 10 minutos.

O prolongamento é jogado, após um intervalo de 5 minutos, caso o jogo se encontre empatado até ao final do tempo regulamentar e seja imprescindível determinar um vencedor. O período de prolongamento consiste em 2 partes de 5 minutos cada, com um minuto de intervalo entre ambas.

Caso o jogo continue empatado após este período suplementar, deverá ser determinado um segundo prolongamento, antecedido de um intervalo de 5 minutos. Este período suplementar terá igualmente 2 partes de 5 minutos, com um minuto de intervalo entre ambas.

Caso o jogo continue empatado, o vencedor será determinado de acordo com as regras particulares para a competição em curso. No caso da decisão de desempate ser através de lançamentos de 7 metros.


O TIME-OUT


Um tempo de paragem é obrigatório quando:

1. exista uma exclusão de 2 minutos, desqualificação, ou expulsão;
2. é concedido tempo de paragem de equipa;
3. há um sinal de apito do Cronometrista ou do Delegado Técnico;
4. sejam necessárias consultas entre os árbitros


Um tempo de paragem é também atribuído normalmente em outras situações, dependendo das circunstâncias.

As infracções durante um tempo de paragem têm as mesmas consequências que as infracções durante o tempo de jogo.

Em princípio, os árbitros decidem quando se deve interromper o tempo de jogo e quando deve ser novamente iniciada a contagem durante uma paragem de tempo de jogo.

A interrupção do tempo de jogo será indicada ao cronometrista através de três apitos curtos e do sinal manual.

No entanto, no caso de existir uma paragem de tempo obrigatória, quando o jogo é interrompido por um apito proveniente do cronometrista ou do delegado, o cronómetro oficial será parado em simultâneo, sem esperar qualquer sinal de confirmação por parte dos árbitros.

O apito deve sempre soar para indicar o reinício do jogo após um tempo de paragem.


AS SUBSTITUIÇÕES


Os suplentes podem entrar no terreno de jogo, a qualquer momento e repetidamente, sem avisar o secretário/cronometrista desde que os jogadores que eles estão a substituir já tenham abandonado o terreno de jogo.

Os jogadores envolvidos nas substituições deverão sair e entrar no terreno de jogo, sempre pela zona de substituições da sua equipa. Estas exigências também se aplicam para a substituição de guarda-redes.

As regras de substituição também se aplicam durante um tempo de paragem (excepto durante um tempo de paragem de equipa).

O objectivo do conceito de “Linha de substituições” é assegurar substituições feitas de forma desportiva e ordenada. Não foi criada para a aplicação de sanções noutras situações, quando um jogador caminha em cima da linha lateral ou da linha exterior de baliza de uma maneira descuidada e sem nenhuma intenção de ganhar uma vantagem (por exemplo, ir buscar agua ou uma toalha ao banco, só que um pouco além da linha de substituições, ou abandonando o campo de uma maneira desportiva aquando da aplicação de uma exclusão e cruza a linha lateral junto ao banco de suplentes, mas fora da linha de 15cm).

Uma substituição irregular será penalizada com uma exclusão de 2 minutos para o jogador infractor. Se mais do que um jogador da mesma equipa efectuar uma substituição irregular dentro da mesma situação, só o primeiro jogador que cometeu a infracção será penalizado.

O jogo é reiniciado com um lançamento livre para o adversário.

Se um jogador adicional entra no terreno de jogo sem ser substituído, ou se um jogador interferir ilegalmente com o jogo desde a zona de substituições, será sancionado com uma exclusão de 2 minutos. Assim, a equipa deverá ser reduzida de um jogador no terreno de jogo durante os 2 minutos seguintes (aparte o facto de que o jogador adicional que está a entrar no terreno de jogo deverá sair do mesmo).

Se um jogador entra no terreno de jogo enquanto estiver a cumprir uma exclusão de 2 minutos, ser-lhe-á dada uma exclusão adicional de 2 minutos. Esta exclusão começará imediatamente.

Assim a equipa deverá ser reduzida de mais um jogador de campo durante o tempo remanescente do cumprimento da primeira exclusão. Em ambos os casos, o jogo é reiniciado com um lançamento livre para a equipa adversária.


JOGAR A BOLA


É Permitido:

*

Lançar, agarrar, parar, empurrar ou bater na bola, usando as mãos (abertas ou fechadas), braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos;
*

Segurar a bola por um máximo de 3 segundos, também quando está em contacto com o solo;
*

Dar um máximo de 3 passos com a bola; um passo é considerado dado quando:

1. um jogador que está com ambos os pés no solo levanta um pé e o baixa novamente, ou move um pé de um lado para o outro;
2. um jogador só tem um pé assente no solo e, ao apanhar a bola, pousa o outro pé;
3. um jogador, após um salto para apanhar a bola, só toca o solo com um pé, e salta sobre o mesmo pé ou toca o solo com o outro pé;
4. um jogador, após um salto para apanhar a bola, toca simultaneamente com ambos os pés no solo, levanta um dos pés e volta a pousa-lo, ou muda um dos pés de um lado para o outro.

Conta como um passo, se um pé é deslocado de um lado para outro, e depois o outro pé é arrastado para junto do mesmo.

Enquanto parado ou em corrida:

1. lançar a bola ao solo uma vez e a apanhá-la novamente com uma ou ambas as mãos;
2. lançar a bola ao solo repetidamente com uma mão (drible), e depois agarrá-la novamente com uma ou ambas as mãos;
3. fazer rolar a bola no solo de forma continuada com uma mão e depois agarrá-la novamente com uma ou ambas as mãos.


Assim que a bola é agarrada com uma ou ambas as mãos, deve ser jogada dentro de 3 segundos ou assim que sejam dados 3 passos.

Considera-se que o drible começou quando o jogador toca a bola com qualquer parte do seu corpo e a dirige directamente para o solo.

Depois da bola tocar outro jogador ou a baliza, é permitido ao jogador bater a bola ou driblar e agarrá-la novamente.

Passar a bola de uma mão para a outra.

Jogar a bola enquanto de joelhos, sentado ou deitado no solo, isto significa que é permitido executar um lançamento formal (por exemplo um lançamento livre), desde qualquer destas posições, é cumprida, incluindo ter uma parte de um pé em contacto constante com o solo.

Não é Permitido


Depois de a bola ter sido controlada, tocar a bola mais de uma vez, a menos que entretanto tenha tocado o solo, outro jogador, ou a baliza; no entanto, tocá-la mais de uma vez não é sancionado, se o jogador tem uma recepção defeituosa, por exemplo o jogador não consegue controlar a bola ao tentar apanhá-la ou pará-la.

Tocar a bola com o pé ou perna abaixo do joelho, excepto quando a bola é atirada contra si por um adversário;

O jogo continua se a bola tocar um árbitro no terreno de jogo.

Se um jogador em posse de bola se move apoiando um ou ambos os pés fora do terreno de jogo (mesmo que a bola esteja dentro do terreno de jogo), por exemplo para tornear um jogador da equipa que defende, isto implica um lançamento livre para a equipa adversária.

Se um jogador da equipa em posse da bola sai do terreno de jogo mas não tem a bola em seu poder, os árbitros indicarão ao jogador que se deverá colocar dentro do terreno de jogo. Se o jogador não o faz, ou a acção é posteriormente repetida pela mesma equipa, será sancionado com um lançamento livre, favorável à equipa adversária sem que seja necessário efectuar nenhuma advertência anterior.


O JOGO PASSIVO


Não é permitido manter a bola na posse da equipa sem que seja efectuada qualquer tentativa para atacar ou rematar à baliza.

Similarmente, não é permitido retardar repetidamente a execução de um lançamento de saída, lançamento lateral ou lançamento de baliza para a própria equipa.

Isto é considerado como jogo passivo, que será penalizado com um lançamento livre contra a equipa que está em posse da bola a menos que a tendência de jogo passivo tenha terminado.

O lançamento livre é executado no local onde a bola se encontrava quando o jogo foi interrompido.

Quando é reconhecida uma tentativa de jogo passivo, o sinal de advertência de jogo passivo é mostrado. Este sinal dá à equipa que tem a posse da bola a oportunidade para mudar o seu modo de atacar de modo a evitar a perda da posse. Se o modo de atacar não se alterar depois do sinal de advertência ter sido mostrado, ou não seja efectuado nenhum remate á baliza, então deverá ser marcado um lançamento livre contra a equipa que tem a posse da bola.

Em certas situações os árbitros também podem marcar um lançamento livre contra a equipa que tem a posse da bola, mesmo sem qualquer sinal de advertência anterior, por exemplo, quando um jogador se abstém intencionalmente de tentar utilizar uma clara oportunidade de golo.


AS FALTAS


É Permitido

1. usar braços e mãos para bloquear ou ganhar posse da bola;
2. usar uma mão aberta para afastar a bola do adversário em qualquer direcção;
3. usar o corpo para obstruir um adversário, mesmo quando este não está em posse da bola;
4. estabelecer contacto corporal com um adversário, frente a frente e de braços dobrados, e manter este contacto com o intuito de controlar e seguir o adversário.


Não é Permitido

1. arrancar ou bater na bola que se encontra nas mãos de um adversário;
2. bloquear ou empurrar um adversário com os braços, mãos ou pernas;
3. prender, segurar, (pelo corpo ou pelo uniforme) empurrar, ou lançar-se contra o adversário em corrida ou em salto;
4. interferir com, impedir ou pôr em perigo um adversário (com ou sem bola) dentro das regras estabelecidas.


As violações, podem ocorrer na luta pela posse da bola, no entanto, quando a acção é dirigida principalmente ou exclusivamente ao adversário e não à bola, serão sancionadas progressivamente. Isto significa que, além do lançamento livre ou lançamento de 7 metros, existe também a necessidade de uma sanção disciplinar, começando com uma advertência e seguindo incrementando a severidade das sanções, tal como exclusões e desqualificações

No entanto, os árbitros tem direito a determinar se uma infracção particular requere uma exclusão de 2 minutos imediatamente, sem que um jogador tenha recebido previamente uma advertência.

As expressões físicas e verbais que sejam incompatíveis com o espírito do desportivismo são consideradas como conduta antidesportiva.

Esta situação tanto se aplica a jogadores como a oficiais de equipa, dentro ou fora do terreno de jogo. A sanção progressiva também se aplica no caso de conduta antidesportiva.

Um jogador que ponha em perigo a integridade física do adversário ao atacá-lo, será desqualificado, particularmente se:

1. de lado ou por detrás, atinge ou puxa o braço de lançamento de um jogador que se encontra a lançar ou a passar a bola;
2. efectuar qualquer acção que resulta em que o adversário é golpeado na cabeça ou no pescoço;
3. bater deliberadamente no corpo de um adversário com o pé ou joelho ou de qualquer outro modo; incluindo rasteiras;
4. empurrar um adversário que está a correr ou a saltar, ou o atacar de modo a que perca o controle do seu corpo; também se aplica quando um guarda-redes deixar a sua área de baliza para travar um contra-ataque dos adversários;
5. quando na execução de um lançamento livre ou de um lançamento directo à baliza, a bola atinge um defensor na cabeça, assumindo que o defesa não estava em movimento; ou similarmente, bate na cabeça do guarda-redes ao executar um lançamento de 7 metros, assumindo que o guarda-redes não estava em movimento.


É a atitude do jogador e não a natureza aparentemente menor do contacto corporal que deve ser considerada no momento de determinar uma apropriada desqualificação.

Conduta antidesportiva grave por parte de um jogador ou oficial de equipa, dentro ou fora do terreno de jogo deverá ser punida com desqualificação. Um jogador que seja acusado de “agressão” durante o tempo de jogo será expulso. A agressão fora do tempo de jogo leva a uma desqualificação. Um oficial de equipa que seja acusado de agressão será desqualificado.


O GOLO


É Golo

Um golo é válido quando a bola na sua totalidade ultrapassa a linha de baliza, desde que nenhuma violação às regras tenha sido cometida pelo rematador ou um companheiro de equipa antes ou durante o remate.

Um golo será válido, caso exista uma violação das regras por um defensor mas a bola ainda assim entra na baliza.

Um golo será atribuído aos adversários, caso um jogador lance a bola na sua própria baliza, excepto na situação em que o guarda-redes executa um lançamento de baliza.

Um golo é validado se a bola é impedida de entrar na baliza por alguém ou algo não participando no jogo (espectadores etc.), e os árbitros estão convencidos de que a bola teria ultrapassado a linha de golo e entrado na baliza caso tal acção não tivesse tido lugar.

Um golo que tenha sido validado já não pode ser anulado após o árbitro fazer soar o apito para o correspondente lançamento de saída.

Se o sinal final de uma parte soa imediatamente após um golo ser conseguido, mas antes do correspondente lançamento de saída ser executado, os árbitros devem assinalar de uma forma clara que o golo é válido, o lançamento de saída não será executado .

Um golo deve ser registado no marcador público assim que este é validado pelos árbitros.

A equipa que marcou mais golos que os adversários é a vencedora. O jogo fica empatado se ambas as equipas marcaram o mesmo número de golos ou nenhum golo.


Não é Golo

Um golo não será válido, caso um dos árbitros ou o cronometrista interrompa o jogo antes da bola passar completamente a linha de baliza.

No começo do jogo, o lançamento de saída é executado pela equipa que vencer o sorteio (lançamento de moeda) e decidir iniciar o jogo com a bola na sua posse. Os adversários têm então o direito de escolher o campo. Alternativamente, se a equipa que vence o sorteio prefere escolher campo, então os adversários executam o lançamento de saída.

As equipas mudam de campo na segunda metade do jogo. O lançamento de saída no começo da segunda metade é efectuado pela equipa que não o tenha executado no começo do jogo.

Um novo sorteio será realizado antes de cada período de prolongamento.

Após um golo ter sido marcado, o jogo é retomado com um lançamento de saída executado pela equipa que sofreu o golo.

O lançamento de saída é executado em qualquer direcção a partir do centro do terreno de jogo (com uma tolerância lateral de cerca de 1.5 metros). É precedido por um sinal de apito, após o qual deve ser executado dentro de 3 segundos.

O jogador que executa o lançamento de saída deve estar com pelo menos um pé em contacto com a linha central e o outro pé sobre ou atrás da linha e deve permanecer nessa posição até que a bola saia da sua mão.

Não é permitido aos companheiros de equipa do executante atravessar a linha central antes do sinal de apito.

Para o lançamento de saída no começo de cada parte (inclusive qualquer período de prolongamento), todos os jogadores devem estar dentro do seu próprio meio campo.

Porém, para o lançamento de saída depois de um golo ser marcado, é permitido aos adversários do lançador estar em ambos os meio campos.

Em ambos os casos, porém, os adversários devem estar a pelo menos 3 metros do jogador que executa o lançamento de saída.


AS SANÇÕES


A Advertência

Uma advertência pode ser atribuída por:

1. Faltas e infracções similares no comportamento com o adversário, que não se classificam na categoria de “sanção progressiva”;


Uma advertência deverá ser atribuída por:

1. faltas que estão sujeitas à sanção progressiva;
2. conduta antidesportiva por parte de um jogador ou oficial de equipa.


A um jogador individualmente não deve ser dada mais de uma advertência, e a uma equipa não devem ser dadas mais de 3 advertências. Depois disto, a sanção deverá ser pelo menos uma exclusão de 2 minutos.

Um jogador que já teve uma exclusão de 2 minutos não deve posteriormente ser advertido.


A Exclusão

Uma exclusão (2 minutos) deve ser sancionada:

1. por uma substituição irregular, se um jogador adicional entra no terreno de jogo ou se um jogador interfere ilegalmente no jogo desde a zona de substituições;
2. por faltas repetidas do tipo das que devem ser sancionadas progressivamente;
3. por conduta antidesportiva repetida de um jogador, no terreno de jogo ou fora do mesmo (8:4, 16:1 comentário);
4. por conduta antidesportiva por parte de qualquer um dos oficiais de uma equipa, depois de um deles ter recebido previamente uma advertência;
5. por conduta antidesportiva do tipo das que implicam uma exclusão de 2 minutos em cada ocasião
6. como consequência de uma desqualificação de um jogador ou oficial de equipa;
7. por conduta antidesportiva por parte de um jogador, antes de jogo ter recomeçado, após ter sido sancionado com uma exclusão de 2 minutos.


Após assinalar tempo de paragem, o árbitro deve indicar claramente a exclusão ao jogador infractor e ao secretário/cronometrista através do respectivo sinal manual, ou seja, é levantado um braço com dois dedos estendidos.

Uma exclusão é sempre de 2 minutos de tempo de jogo; a terceira exclusão para o mesmo jogador conduz sempre à sua desqualificação.

Ao jogador excluído não é permitido participar no jogo durante o seu tempo de exclusão, e à equipa não é permitido que o substitua no terreno de jogo. O período de exclusão começa quando o jogo é reiniciado com um sinal de apito.

Se o tempo de exclusão de um jogador não terminou ao finalizar a primeira parte, deverá cumprir-se o tempo restante no inicio do segundo tempo. Esta mesma regra aplica-se também nos prolongamentos.

Uma exclusão de 2 minutos que não tenha sido cumprida ao finalizar os prolongamentos significa que o jogador não estará autorizado a participar nos desempates subsequentes, tal como, lançamentos de 7 metros.


A Desqualificação

Deve sancionar-se com uma desqualificação os seguintes casos:

1. por conduta antidesportiva de um dos oficiais de equipa, depois de um deles ter sido previamente sancionado com uma advertência e uma exclusão de 2 minutos;
2. por infracções que colocam em perigo a integridade física do adversário;
3. por conduta antidesportiva grave de um jogador ou um oficial de equipa, dentro ou fora do terreno de jogo e também para o caso especial de conduta antidesportiva repetida ou grave durante um desempate, tal como a execução de lançamentos de 7 metros;
4. em caso de uma agressão por parte de um jogador antes do encontro ou durante um procedimento de desempate;
5. em caso de agressão por parte de um oficial de equipa;
6. devido a uma terceira exclusão para o mesmo jogador.


Após atribuir uma paragem de tempo, os árbitros indicarão claramente a desqualificação ao o jogador infractor ou oficial de equipa, e ao secretário/cronometrista, levantando o cartão vermelho.

Uma desqualificação de jogador ou oficial de equipa é sempre para o restante tempo de jogo. O jogador ou oficial deve abandonar imediatamente o campo e a zona de substituições. Depois de sair, ao jogador ou ao oficial não é permitido ter nenhum contacto com a equipa.

A desqualificação de um jogador ou oficial de equipa, dentro ou fora do campo, durante o tempo de jogo, conduz sempre a uma exclusão de 2 minutos para a equipa. Isto significa que a equipa jogará com um jogador a menos. No entanto, a redução no terreno de jogo durará 4 minutos.

O número de jogadores e oficiais disponíveis numa equipa reduz-se quando existe uma desqualificação. No entanto, à equipa é permitido completar o número de jogadores no terreno de jogo assim que termina a exclusão de 2 minutos. Em princípio uma desqualificação aplica-se somente para o resto do jogo no qual é determinada. Considera-se como uma decisão dos árbitros com base nas suas observações dos factos. Não deve existir nenhuma consequência adicional de uma desqualificação além do jogo, excepto no caso de desqualificações devido a agressões, ou quando ocorre conduta antidesportiva grave por parte de um jogador ou oficial de equipa.


A Expulsão

Deve sancionar-se com expulsão:

Quando um jogador é culpado de uma agressão (como se define na Regra 8:7) durante o tempo de jogo (Ver Regra 16:13, 1.º parágrafo, e Regra 2:6), dentro ou fora do terreno de jogo.

Depois de assinalar um tempo de paragem, os árbitros deverão indicar claramente a expulsão ao jogador infractor e ao secretário/ cronometrista, pelo sinal manual adequado, isto é, o árbitro cruza os seus braços acima da cabeça (Sinal Manual N. 15).

Uma expulsão é sempre para todo o restante tempo de jogo, e a equipa tem que continuar a jogar com um jogador a menos no terreno de jogo. Se o jogador que recebe a ordem de expulsão estava a cumprir (ou acabava de receber) uma exclusão de 2 minutos, e havia causado uma redução do número de jogadores da equipa por 2 minutos de acordo com a Regra 16:12 então tal exclusão integra-se dentro da expulsão. Isto significa que a única redução resultante é a causada pela expulsão.

O jogador expulso não pode ser substituído e tem que abandonar imediatamente tanto o terreno de jogo como a zona de substituições. Depois de sair, ao jogador não é permitido ter qualquer forma de contacto com a equipa.


Mais de Uma Infracção na Mesma Situação

Se um jogador ou oficial de equipa comete mais de uma violação simultaneamente ou sucessivamente, antes de o jogo ter sido reiniciado, e estas infracções requerem diferentes sanções, então, em princípio, somente se aplicará a sanção mais severa.

Este caso é sempre obrigatório quando uma das infracções é uma agressão.

No entanto existem as seguintes excepções específicas, onde, em todos os casos, a equipa tem que reduzir a quantidade de jogadores a menos no terreno de jogo durante 4 minutos:

1. se um jogador acaba de ser sancionado com uma exclusão de 2 minutos por uma infracção e comete conduta antidesportiva antes do jogo ser reiniciado, então é dada ao jogador uma exclusão adicional de 2 minutos; (se a exclusão adicional é a terceira do jogador, então o jogador é desqualificado);
2. se um jogador que acaba de ser sancionado com uma desqualificação (directamente ou por causa de uma terceira exclusão) e comete uma infracção por conduta antidesportiva antes do jogo ser reiniciado, então é determinado um castigo adicional à equipa, pelo que a redução será de 4 minutos;
3. se um jogador que acaba de ser sancionado com uma exclusão de 2 minutos e comete uma infracção por comportamento antidesportiva grave antes do jogo ser reiniciado, então o jogador é desqualificado; estas sanções combinadas levam a uma redução de 4 minutos;
4. se um jogador a quem foi determinada uma desqualificação (directamente ou por causa de uma terceira exclusão) e comete uma infracção por comportamento antidesportivo grave antes do jogo ser reiniciado, então é determinado um castigo adicional à equipa, pelo que a redução será de 4 minutos.


Durante os procedimentos de desempate, os árbitros podem determinar se, quando as sanções por um tempo especifico carecem de sentido, qualquer caso grave ou repetido de conduta antidesportiva implica a desqualificação de qualquer participante e posterior procedimento de participação.


Infracções Fora do Tempo de Jogo

O comportamento antidesportivo, conduta antidesportiva grave ou agressão por parte de um jogador ou oficial de equipa, que se cometam no local onde se realiza o jogo, mas fora do tempo de jogo, serão sancionadas da seguinte maneira:

Antes do jogo:

1. Sancionar-se-à com uma advertência no caso de comportamento antidesportivo;
2. Sancionar-se-à com uma desqualificação no caso de comportamento antidesportivo grave ou repetido, ou de uma agressão, mas é permitido à equipa começar com 14 jogadores e 4 oficiais.


As sanções disciplinares devidas às infracções cometidas antes do começo da partida, podem ser aplicadas em qualquer momento durante o jogo, logo que se descubra que a pessoa culpada é um participante no jogo, se não foi possível detectar este facto no momento do incidente.

Depois do jogo:

1. relatório escrito.

As Posições dos jogadores em campo, site CMMaia

As Posições

As posições no andebol podem-se dividir em 5 grupos de posições:

* Guarda-Redes
* Central
* Lateral
* Ponta
* Pivot

A Bola site CMMaia

A Bola

Características da bola de andebol:
bolaAndebol01_peq.jpg

* É esférica;
* É feita de couro ou de outro material sintética
* A sua superfície não deve ser brilhante ou escorregadia
* As medidas da bola, circunferência e peso a ser utilizada pelas diferentes categorias de equipas são as seguintes:
o

58-60 cm e 425-475 g (Tamanho 3 da IHF) para Equipas Seniores e Juniores Masculinos (acima dos 16 anos);
o

54-56 cm e 325-375 g (Tamanho 2 da IHF) para Equipas Seniores e Juniores Femininas (acima de 14 anos de idade ) e equipas de jovens masculinos (entre 12 - 16 anos);
o

50-52 cm e 290-330 g (Tamanho 1 da IHF) para equipas femininas jovens ( entre 8 - 14 anos) e equipas masculinas jovens (entre 8 - 12 anos).

Espaço de Jogo DIMENSÕES site CMMaia

Espaço de Jogo

DIMENSÕES


O terreno de jogo (ver figura 1) é um rectângulo com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura, consistindo em duas áreas de baliza e uma área de jogo. As linhas limite mais compridas são designadas por linhas laterais, e as mais curtas por linhas de baliza (entre os postes da baliza) e linhas de saída de baliza (do lado exterior dos mesmos).

Deverá existir uma zona de segurança em volta de todo o terreno de jogo, com uma largura mínima de 1 metro na zona das linhas laterais e 2 metros na zona das linhas de saída de baliza.
As características do terreno de jogo não deverão ser alteradas durante o jogo de forma a criar vantagem para uma das equipas.

campo_and_peqz.jpg









Ilustração – Terreno de Jogo


BALIZAS

Existem 2 balizas no terreno de jogo que possuem os seguintes formatos e dimensões:


baliza_and_frente_peqz.jpg
baliza_and_lateral_lateral_peqz.jpg

Ilustrações – Baliza vista frontal e lateral


AS LINHAS


Todas as linhas do terreno de jogo são parte integrante do mesmo. As linhas de baliza devem ter 8 cm de largura entre os postes da baliza, e todas as outras devem ter 5 cm de largura. As linhas entre duas áreas adjacentes podem ser substituídas por uma diferença de cor do solo dessas mesmas áreas.

Na frente de cada baliza existe uma área de baliza. A área da baliza é definida pela linha de área de baliza (linha de 6 metros) que deverá ser desenhada como se segue:

1. uma linha de 3 metros de comprimento directamente à frente da baliza; esta linha tem de ser paralela à linha de baliza e deverá estar a 6 metros da mesma (medida da parte anterior da linha de baliza até ao limite da parte posterior da linha da área de baliza);
2. dois quartos de círculo, cada um com um raio de 6 metros (medidos a partir do canto interior dos postes da baliza), ligando a linha de 3 metros de comprimento com a linha de saída de baliza.

A linha de lançamento livre (linha de 9 metros) é uma linha tracejada, desenhada a 3 metros da parte exterior da linha de área de baliza. Tanto os segmentos da linha como os espaços entre eles medem 15 cm.

A linha de 7 metros é uma linha com 1 metro de comprimento, centrada à frente da baliza. É paralela à linha de baliza e está a 7 metros da mesma (medida da parte anterior da linha de baliza até ao limite exterior da linha de 7 metros).

A linha de restrição do guarda-redes (linha de 4 metros) é uma linha com 15 cm de comprimento, está situada directamente à frente da baliza. É paralela à linha de baliza e está a 4 metros da mesma (medida da parte anterior da linha de baliza até ao limite exterior da linha 4 metros).

A linha central une os pontos médios das duas linhas laterais.

A linha de substituição (um segmento da linha lateral) para cada equipa estende-se da linha central até à distância de 4.5 metros da mesma. O extremo desta linha deverá ser assinalado por uma linha paralela à linha central, com 15 cm para a parte interior da linha lateral e 15 cm para a parte exterior da mesma.

Equipamento dos Jogadores site CMMaia

Equipamento dos Jogadores

O equipamento usado pelos jogadores não deve em nenhum caso apresentar qualquer perigo para o próprio jogador como para os outros. É proibido o uso de adereço nas mãos, pescoço ou orelhas durante o tempo de jogo, bem como de “piercings”, excepto punhos próprios de Andebol.

Sendo assim o equipamento de base do jogador é composto por:

* Camisola ou camisa;
* Calções – caso o atleta necessitar de usar calções térmicos, estes devem ser da mesma cor que a cor predominante dos calções;
* Meias;
* Calçado – sapatilhas, não necessariamente de Andebol mas tendo que ser próprias para serem usadas em pavilhões.


Quanto ao equipamento do Guarda-Redes:

* Aplica-se todos acessórios que são destinados aos demais jogadores com a única excepção de que o Guarda-Redes deve usar um equipamento de cores diferentes, que o distinga dos outros jogadores, do árbitro e dos árbitros assistentes.

Jogo e Os Seus Objectivos CM Maia site

Jogo e Os Seus Objectivos

O jogo é dividido em duas partes, cada uma com 30 minutos tendo um intervalo de 10 minutos. Cada equipa tem um time-out (tempo de desconto) com a duração de um minuto para cada parte.

A equipa que marcou mais golos que os adversários no final do tempo de jogo é a vencedora.

O jogo fica empatado se ambas as equipas marcaram o mesmo número de golos ou nenhum golo.

O Prolongamento é jogado após um intervalo de 5 minutos e realiza-se quando no final do tempo real o jogo se encontra empatado e seja imprescindível determinar o vencedor. O período de prolongamento é constituído por 2 partes de 5 minutos com um intervalo entre elas de um minuto.

Se após o prolongamento não se obtiver um vencedor realizar-se-á outro prolongamento após 5 minutos de intervalo. Se depois do segundo prolongamento ainda não se obtiver um vencedor o jogo passará então para a execução de livres de 7 metros. Os árbitros escolhem a baliza onde se irão efectuar e realizam um sorteio onde a equipa vencedora tem direito a escolher quem inicia os lançamentos. Cada equipa deve escolher 5 jogadores para efectuarem os livres de 7 metros, que são efectuados alternadamente entre cada uma, podendo o guarda-redes ser substituído a cada livre de 7 metros.

Uma equipa é constituída no máximo por 14 jogadores, 7 em campo e 7 no banco.

Um jogador pode ser substituído as vezes que forem necessárias durante o jogo no entanto a substituição terá que ser consumada pela linha de substituição.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Terminologia no Andebol

TERMINOLOGIA



Atacar a bola: acção de pressionar o jogador portador da bola.



Ataque estático: organização da equipa atacante sobre uma formação defensiva plenamente assente e firme no terreno de jogo


Ajuda defensiva: acção pela qual um jogador abandona sua posição nas funções defensivas para evitar a entrada de um rival(impar) por uma posição próxima


Bloco: acção defensiva pela qual os jogadores de campo na defesa repelem com corpo braços e mãos o remate do rival



Bloqueio: utilização por parte do jogador atacante do corpo sem bola dificultando o deslocamento do companheiro com a bola



Trocas ataque-defesa: situação de jogo em que os jogadores específicos para a defesa ou no ataque saem do terreno de jogo para ocuparem posições especificas.



Circulação: acção de levar a bola entre os companheiros de um extremo a outro extremo do ataque.Na base desta circulação se realizam as combinações atacantes(ofensivas)



Contra-ataque: passe directo da bola desde o guarda-redes até aos extremos antecipando-se ao recuo defensivo da equipa rival e com a intenção de criar um contra um entre os extremos e o guarda-redes da equipa rival.


Canto: acção atacante que resulta quando o remate é desviado por um jogador de campo na defesa e a bola vai pela linha do fundo .Neste caso, a equipa atacante recomeça o jogo com o lançamento de campo e o pé deve ser colocado no vértice do campo. Se for o guarda-redes que desvia a bola do remate do contrário não existe canto e a posse da bola pertence á equipa que defende.


Cruzamento: combinação atacante com troca de lugar do portador da bola com o objectivo de perturbar o sistema defensivo ou provocar uma situação de superioridade numérica para que um companheiro finaliza com mais facilidade.

Defesa 6-0:Sistema defensivo de BASE no andebol, iniciado pela escola romena em 1954, formação defensiva segundo a qual a equipa que defendesitua-se e todos os seus componentes sobre a linha de seis metros.

Defesa 5-1: Sistema defensivo na qual a equipa que defende adianta um dos seus elementos, que se situa á frente da defesa no centro até aos 9 metros para dificultar a circulação da bola e a finalização do ataque na zona central .

Defesa 3-2-1:Sistema defensivo na qual a equipa que defende coloca os seus atletas na zona da defesa em 3 linhas :3 atletas sobre os 6 metros, dois atletas entre os 7 e os 9 metros, e um atleta mais á frente, formando um triangulo, com objectivo de dificultar a circulação da boa, remates da 1ª linha e recuperar a bola para o ataque rápido.

Defesa mista: Sistema defensivo de base zona, com um ou dois defesas fazendo marcação homem a homem e aplicada em situações de superioridade numérica defensiva ou situações de resultado desnivelado.


Defesa individual: formação pela qual cada um dos defensores marca o seu directo atacante e o segue por todo o campo. Modelo de defesa circunstancial e utilizada em situações especiais de resultados desfavoráveis em terminus de jogo.

Superioridade numérica absoluta: quando uma equipa tem um jogador a mais ou decisão arbitral ,punindo o adversário com exclusão temporária ou definitiva(expulsão)

Superioridade numérica relativa: quando uma equipa em igualdade numérica, consegue através da circulação de jogadores ou através de combinações atacantes , ganhar superioridade numérica sobre a defesa contraria.



Desqualificação: a desqualificação é a consequência de três exclusões, pudendo ser também directa. Los dos tipos de desqualificação deixam a equipo infractora com um jogador menos durante dois minutos. Uma vez finalizado este tempo recupera a totalidade de seus jogadores.

Exclusão temporária: acção punível que sobrepõe a permissibilidade regulamentar que, por sua dureza, se castiga com a exclusão do jogador que realiza dita acção durante dos minutos, por o que sua equipa deverá jogar com um homem menos. Um mesmo jogador só pode receber numa partido duas sanções de dois minutos, a terceira será considerada como desqualificação

Expulsão: desqualificação directa de um jogador por una acção anti-desportiva. Para a equipa que recebe a sanção se considera muito grave, o jogador que tenha sido castigado não pode volver ao terreno de jogo, nem pode ser substituído por nenhum outro jogador.

Driblar: manobra de engano pela qual o atacante intenta superar a seu adversário mediante o controle da bola.






Fixar o defesa: acção pela qual o atacante intenta mobilizar não só o defensor como também o defensor próximo a ele para criar um circulo na formação defensiva.



Finta: acção do jogador pela qual intenta superar a seu marcador mediante um sinal ou engano. Se utiliza a todo momento, tanto tendo a bola como não.



Rosca: jogada de habilidade em que intervém mais de um jogador que consiste em lançar a bola no ar para um segundo jogador a receba em suspensão dentro do espaço aéreo da área do guarda-redes.

Libre de nove metros: momento do jogo em que um jogador comete una acção anti-regulamentar; nesse instante, os árbitros assinalam falta, o jogo pára momentaneamente para se reiniciar com a posse de bola para a equipa contraria ao jogador faltoso.

Inferioridade numérica: momento do jogo na qual uma equipa se encontra com algum jogador menos devido a alguma exclusão.

Passe entre dois atacantes: Meio de deslocar a bola entre os atacantes, passando e recebendo a bola utilizando de preferência o passe de ombro, embora em curta distancia se faça também o passe de pulso

Recepção da boa: Meio técnico de receber um passe do colega de equipa utilizando as mãos abertas em posição paralela e na direcção da bola com os braços semi-flectidos. Recepção alta, media e baixa.

Remate em apoio : Lançamento em apoio no pé(forte) contrário ao braço de remate.

Remate em apoio no pé contrário : Lançamento em apoio no pé(fraco) do ao braço de remate.





Remate de anca: forma de lançar ea bola com os dois pés no solo e passando o peso do corpo sobre o braço do remate.

Remate em suspensão: Remate técnico com o corpo em suspensão em com o objectivo de passar o bloco defensivo ou como meio de aproximar doa baliza no ataque rápido, não podendo violar a área do Guarda-redes.

Intercepção: acção de colocar-se na trajectória do passe para conquistar(roubo de bola) a posse da bola.



Ecran defensivo: acção mediante a qual a equipa defensora coloca a vários jogadores na linha com a intenção de bloquear o ataque ou um lançamento.


Espaço de jogo: Campo rectangular com as medias de 40x20(ou dois quadrados 20x20) com áreas limitadas do guarda redes, duas balizas (3x2) tendo duas zonas de ataque contra defesa e uma zona de transição entre estas duas zonas.

Bola do jogo: esférica com medidas para os vários escalões étarios e no escalão sénior tem 58 a 60 cm, pode ter varias cores.



Linha de quatro metros: Linha de 15 cms. situada a quatro metros da baliza que limita ao guarda redes a sua saída nos lançamentos de pénalti.



Línha de seis metros: linha continua que separa e a área do resto do campo. La zona entre a baliza e a linha de seis metros no pode ser violada por nenhum jogador á excepção do guarda redes. Se o jogador atacante pisa a linha de seis metros, sua equipo perderá imediatamente a posse da bola.



Linha de sete metros: linha de 1 m. situada a sete metros da baliza que assinala o ponto de lançamento nos pénaltis.



Linha de nove metros: linha descontinua, desde a qual se marcam os livres de nove metros.



Passivo: falta regulamentar na qual a equipa em funções ofensivas não mostra interesse pela finalização do ataque e se limita a realizar circulação da bola sem tentar acções decisivas, os árbitros podem decretar passivo trás um tempo prudêncial decidido por eles. Esta decisão leva a perda da posse de bola.



Penalti (siete metros): pena máxima que se decreta quando o defensor interrompe ilegalmente uma acção manifesta de golo ou quando o defensor defende uma acção desde dentro da zona de seis metros.



Parabólica(chapéu): remate em forma de arco com o objecto de superar o guarda redes com uma defesa alta.

Desporto Escolar-Uma Proposta de Futuro Gustavo Pires

III Congresso do Desporto Escolar
Porto – 21, 22, 23 de Maio de 2004
Uma Proposta de Futuro
10 Medidas para uma Educação Desportiva
Gustavo Pires

A crise da organização do desporto no sistema de ensino, foi uma constante ao longo do século XX. Desde a institucionalização da Mocidade Portuguesa em 1936, as soluções avulso sucederam-se umas às outras, sem que a resolução do problema alguma vez tenha sido conseguida.
Geralmente, o que tem acontecido é que se identificam deficiências e estrangulamentos, ensaiam soluções de cariz eminentemente didácticas e pedagógicas, sem que se avancem com soluções de ordem organizacional claras, para que a partir de bases concretas, as discussões possam ter lugar de forma organizada, única maneira de se conseguir a evolução e o progresso. De outra maneira, corremos o risco de continuarmos a enumerar um conjunto de lamúrias mais ou menos corporativas, que se nos dermos ao trabalho podemos verificar já vêm do 1º Congresso de Educação Física realizado pelo Ginásio Clube Português em Junho de 1916.
Por isso, a nossa perspectiva, que decorre de trabalhos já publicados e da partilha de conhecimento e de ideias que temos vindo a trocar, ao longo dos últimos anos, com colegas e amigos, assume como adquiridos os valores pedagógicos do desporto, da sua vocação universal e eminentemente inclusiva no âmbito do sistema educativo, para partirmos para o desenho de soluções organizacionais, da escola e da comunidade educativa, que se projectem na sociedade com efeitos duradouros a médio e longo prazos.
É nesta perspectiva que apresentamos este trabalho, para o qual agradecemos achegas de todos aqueles que entendem que é necessário encontrarmos novas soluções, para que, todos em conjunto, possamos construir um desporto e um mundo melhores – gustavopires@netcabo.pt –.

1. Confusões. Quando a generalidade das pessoas se refere ao Desporto Escolar (DE), fá-lo sem saber exactamente ao que se está a referir. Muitas vezes, confundem-no com a disciplina de Educação Física (EF). Tanto em Portugal como noutros países, não existe uma distinção muito nítida entre DE e EF. Estas confusões não são úteis para o desenvolvimento de uma ideia de DE. Em primeiro lugar porque, nos mais diversos países do mundo, a EF encontra-se numa profunda crise de identidade e de credibilidade educativa e social. Em segundo lugar, porque a actual dinâmica de confusões e contradições está a pôr em risco a existência de uma prática desportiva curricular e extra-curricular no sistema de ensino. A revisão em curso das Leis da educação e do desporto seria uma oportunidade para terminar com um século de contradições. Contudo, neste tempo de pragmatismos em que o mister da governação pública ou privada se transformou na arte do ilusionismo, não acreditamos que isso venha a acontecer no curto prazo não só por falta de força política em relação aos lóbis instalados, como, também, por ausência absoluta acerca de um quadro ideológico de organização do futuro.
2. Senso Comum. O Dicionário de Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, define EF como “a disciplina escolar que tem como objectivo promover o desenvolvimento de capacidades motoras e corporais através da prática desportiva.” Quer dizer, do ponto de vista do senso comum, o desporto tem vindo a assumir-se como o instrumento pedagógico e a própria substância da EF. Esta realidade existe nas escolas do Ensino Básico (2º e 3º ciclos) e Secundário. No entanto, por não ter suporte numa dinâmica organizacional adequada, a disciplina de EF não passa duma mera animação físico-recreativa, de qualidade duvidosa pelo que o DE acaba por não ser alimentado convenientemente a montante.
3. Soluções Paralelas. Se olharmos para o passado, podemos compreender que em virtude da EF nunca ter respondido à dinâmica social de uma sociedade que se tem vindo, há mais de cem anos a esta parte, a desportivisar, foram criadas estruturas alternativas como a Organização Nacional da Mocidade Portuguesa a partir de 1936 e, depois de 1974, diversas estruturas coordenadoras para promover o desporto nas escolas. Hoje, existe um departamento no Ministério da Educação que organiza o DE através de um programa designado “Jogar pelo Futuro – Medidas e Metas para a Década”, independentemente da disciplina de EF. É evidente que insistir nas mesmas soluções só se podem esperar obter os mesmos resultados.
4. Realidades Distintas – Mesmos Objectivos! Estamos perante duas realidades distintas que têm objectivos idênticos e utilizam os mesmos meios. A disciplina EF e o DE. Se no passado esta situação foi suportável, hoje, não faz sentido existir uma duplicação de meios, na medida em que os programas de EF até já assumiram embora timidamente o desporto (por não terem outra solução), como a sua própria substância. Assim, a ruptura com uma educação física que por falta de substância se traveste de desporto é não só necessária como urgente. Até porque, o contribuinte, paga a disciplina de EF, paga o DE, e como nenhuma destas estruturas funciona em termos de responder globalmente às necessidades dos jovens e do país, paga o desporto que os jovens vão praticar nos clubes que, por sua vez, em número significativo de situações, recebem subsídios do Estado. Como as federações desportivas também auferem verbas do erário público para a promoção da prática desportiva para os mesmos grupos etários, podemos dizer que, pelo mesmo serviço social, em muitas circunstâncias de qualidade inferior, o contribuinte paga cinco vezes. Se pensarmos que as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira têm regimes próprios que têm revelado dificuldades de articulação com o todo nacional, podemos aquilatar do estado de desorganização em que a educação desportiva do país se encontra. Ora, isto tem consequências dramáticas a nível do sistema desportivo e do próprio sistema social. Os estádios do Euro 2004 já se sabe vão ficar às moscas. Nos últimos 10 anos construíram-se mais de quarenta pistas de atletismo de piso sintético sem que tenham aumentado correspondentemente os praticantes, os técnicos, as escolas de atletismo e as competições. A preparação da representação nacional aos Jogos Olímpicos vai de mal a pior. O índice de prática desportiva nacional tem um valor a todos os títulos preocupante.
5. Educação Desportiva. Temos nos estabelecimentos do Ensino Básico (2º e 3º ciclos) e do Secundário, uma disciplina que embora se designe por EF, deverá passar-se a designar por Educação Desportiva (ED), tal como a Educação Musical, a Educação Cultural ou Artística e outras, porque, de facto, o objectivo é transmitir aos alunos uma cultura desportiva que lhes proporcione vantagens no domínio do biológico, do psicológico e do social, que se prolonguem para a vida. Em nossa opinião, trata-se de assumir uma tecnologia – o desporto – como objecto de ensino / aprendizagem, treino / espectáculo, profissionalismo / economia, por isso com objectivos e métodos próprios e não, como parece alguns pretenderem, uma actividade física latos senso com objectivos higienicistas numa perspectiva de educação para a saúde, sob pena dos actuais profissionais de educação física e ou desporto, se transformarem, pura e simplesmente, em paramédicos.
6. Do Industrial para o Pós Industrial. Fomos educados para um mundo sustentado numa lógica do trabalho. A organização social foi equacionada em função do tempo que as pessoas passavam nos empregos. A própria disciplina de EF foi idealizada a partir das necessidades do mundo do trabalho. Entretanto, é necessário começar a ver todo o sistema pelo outro lado, quer dizer, pela organização do tempo livre, porque a relação “tempo de trabalho / tempo livre” cada vez será mais favorável ao tempo livre. Portanto, a questão está em saber como vamos aprender e ensinar a utilizá-lo, porque, tendencialmente, as sociedades cada vez serão mais organizadas a partir do tempo livre das pessoas. Nesta perspectiva, as disciplinas que na escola preparam para a utilização e organização do tempo livre e do lazer só têm a ganhar ganham se assumirem essa diferença evitando entrar em competição com as demais disciplinas da economia do lucro. A ED, tal como, por exemplo, a Educação Musical, faz parte do conjunto de disciplinas que no currículo dos alunos representa, o “outro lado” do processo educativo, a outra face da mesma moeda, que tem como objectivo promover a aprendizagem e a criação de hábitos desportivos, culturais e sociais, para a vida.
7. O Outro Lado da Educação. Estamos perante a necessidade de construir uma escola que prepare os alunos para o mundo do trabalho e para a economia do lucro, mas que, também, os ensine para o mundo do lazer e para todo um conjunto de práticas que se organizam no domínio da economia social. Se as novas gerações não forem educadas para aproveitarem o seu tempo livre duma forma pessoal e socialmente útil, elas vão encontrar, à sua própria maneira, o modo de o fazerem e, como já hoje se pode constatar, a maioria das vezes, os resultados são catastróficos. Assim, o desporto com as inalienáveis virtualidades da competição, conquista um espaço pedagógico privilegiado na complexidade do processo educativo, porque, enquanto instrumento de educação, tem um significado social de enorme importância para além das disciplinas que educam para o mundo do trabalho. Na gestão do currículo dos alunos, a “mais valia” da ED está em ser diferente e não igual (que nunca será), às demais disciplinas.
8. Novo Modelo Organizacional. Assim, é necessário promover uma mudança radical, mas faseada num período de tempo com marcos e objectivos perfeitamente estabelecidos. O que propomos é uma EDUCAÇÃO DESPORTIVA que, enquadrando numa lógica comum a actual EF e o DE, de facto, se prolongue para a vida para além da escola, no âmbito do desporto formal e do lazer desportivo activo ou não activo. Com um modelo organizacional ajustado à dinâmica desportiva do nosso tempo e que se prolongue nas mais diversas actividades extra curriculares, enquanto oferta da comunidade educativa. Deste modo o Estado deixa de se desmultiplicar em respostas de valor medíocre e economicamente desastrosas como é a situação actual.
9. Premissas. Um modelo de EDUCAÇÃO DESPORTIVA deve partir das seguintes premissas:
a. 1º ciclo, fundamentado numa educação lúdica e motora ministrados através de um professor generalista dedicado;
b. 2º ciclo, ecléctico e generalista fundamentado na aprendizagem das várias modalidades desportivas, através de professor generalista dedicado;
c. 3º ciclo, orientação dos alunos para uma via de especialização desportiva, ministrada através de professores especialistas;
d. Secundário, prática desportiva optativa e especializada (o aluno escolhe a modalidade desportiva), ministrada por professores especialistas;
e. Términos selectivo da co-educação a partir do 3º ciclo;
f. Organização hierárquica dos professores;
g. Especialização dos professores a partir do 3º ciclo;
h. Especialização das escolas a partir do 3º ciclo na sua oferta de educação desportiva;
i. Adaptação dos programas a cada realidade local;
j. Avaliação e classificação dos alunos – caderneta desportiva;
k. Avaliação dos professores;
l. Mobilização e envolvimento progressivo dos alunos nas actividades desportivas extracurriculares;
m. Assunção das modalidades desportivas e da inerente competição como meios e instrumento de ordem pedagógica;
n. Mobilização generalizada para as actividades desportivas de tipo informal;
o. Avaliação efectiva das escolas. Ranking desportivo das escolas;
p. Organização de quadros competitivos extra curriculares (regime de voluntariado) em articulação ou não com o Sistema Desportivo;
q. Estrutura nacional e regional de coordenação no âmbito do extra-curricular – Federação Nacional do Desporto Escolar.
10. Vantagens. Um modelo deste tipo, com uma única disciplina de ED que responda de uma forma integrada não só às actividades curriculares como extra-curriculares, permitirá a realização do aluno, o reconhecimento do trabalho do professor e a projecção social da escola e da comunidade onde está inserida. O professor enquanto gestor das práticas desportivas é o responsável pelas soluções de envolvimento da comunidade educativa. As sociedades científicas e as associações de profissionais, bem como as associações de pais e outras, deverão participar em cada momento do processo. O sistema desportivo passa a ser coordenado e alimentado a montante. Um modelo deste tipo implica a assunção ideológica, a nível governamental e a implementação progressiva através de escolas piloto. Finalmente, diremos que serão criadas novas e mais aliciantes perspectivas de emprego – desenvolvimento da indústria do desporto – para as novas gerações que abraçaram as mais diversas actividades relacionadas com o desporto como profissão para a vida. Não vale a pena gastar-se tempo dinheiro e massa cinzenta em planos ou medidas estratégicas para a década se as questões a montante do sistema desportivo não estiverem clara e inequivocamente resolvidas.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Enseńanza de la técnica. Lopez Leon

Tema: Enseńanza de la técnica.

1 - ASPECTOS GENERALES DEL APRENDIZAJE TECNICO

2 - EL APRENDIZAJE PERCEPTIVO-MOTOR Y SU RELACION CON LA TECNICA DEL JUEGO

3 - METODOLOGIA DE LA ENSEÑANZA EN ESTA ETAPA

Artículo Incluido: Comunicación Técnica nº 162. "LA ENSEÑANZA DE LAS HABILIDADES ESPECIFICAS: EL BALONMANO". Por Rafael López León.

1 – ASPECTOS GENERALES DEL APRENDIZAJE TECNICO
La TECNICA en el BALONMANO responde a la pregunta ¿CÓMO? dentro del desarrollo de las fases del juego. Pero no podemos olvidar que existen otras dos preguntas fundamentales en el orden individual para un óptimo desarrollo del juego: ¿DÓNDE? y ¿CUÁNDO? A estas dos preguntas responde la TACTICA INDIVIDUAL.
La enseñanza de la técnica de los deportes ha pasado por varias fases en cuanto a concepción o forma de ver la misma y la importancia que se le ha asignado dentro del juego.
En los años 60 y 70 se daba gran importancia a la técnica desde el punto de vista biomecánico (se basaba en el modelo conductista), de ahí el nombre de CORRIENTE MECANICISTA, que buscaba el gesto perfecto y eficaz a imitación del que realizan los campeones. Se construyen modelos que deben ser reproducidos a través de una metodología generalmente analítica. Una vez dominados los gestos básicos el principiante puede jugar con otros para formar equipo, se construye el juego a partir de la técnica. Este modelo es válido para deportes con ambiente estable pero se manifiesta pobre en aquello en los que interactúan múltiples factores.
Posteriormente la CORRIENTE GLOBALISTA (Influenciada por las teorías psicológicas de la Gestal) propone una formación basada en el aprendizaje técnico considerado necesario para responder a situaciones concretas de juego. Se parte del equipo como conjunto estructurado que posee unos o varios sistemas de juego. En ellos el jugador tiene un papel definido y preciso para el que debe adquirir y trabajar determinados gestos, la técnica está en segundo lugar pero no es secundaria, la técnica individual como necesidad colectiva.
En la actualidad se tiende a un desarrollo de la técnica a partir de un PLANTEAMIENTO COGNITIVISTA con la preocupación por los procesos que se producen dentro del individuo. Los gesto técnicos surgen como consecuencia de complejos procesos internos, después de analizar las condiciones del entorno en donde realiza su actividad, y no dan lugar a gestos mecánicos sino a "ESQUEMAS MOTRICES" aplicables en situaciones variables.
La estimulación del deportista se produce modificando la organización de los acontecimientos y situaciones del entorno y da lugar a la elaboración de nuevos comportamientos producto de la interpretación personal.
La evolución del aprendizaje está centrada en la capacidad que tenga el deportista para analizar las señales del entorno, saber interpretarlas y tomar variadas soluciones motrices cada vez más ajustadas a sus necesidades e intereses particulares: la actividad deportiva basada en la persona.
Es más válido para los deportes en que las situaciones de competición no son estables y exigen gran interacción.
FACTORES QUE COMPRENDE UNA TECNICA EFICAZ
Según Meinel:
1. Una división en el espacio y tiempo bien definida (señalar de forma precisa las partes de un movimiento o sus componentes, preparatorio, principal y final cuando se trata de movimientos acíclicos, y de la fusión de las fases cuando los movimientos son cíclicos).
2. Una división dinámico temporal bien señalada (ritmo). Fluida sucesión de las fases de tensión y relajación muscular, asegurando la economía del trabajo muscular y del sistema nervioso.
3. Un buen curso del movimiento. Define la medida de la coordinación alcanzada. Un movimiento bien ejecutado transcurre siempre con fluidez, sin dar sensación de esfuerzo su realización.
4. Una elevada elasticidad del movimiento. Capacidad de oponerse a las resistencias externas, movimientos bruscos o violentos, retornando a la posición inicial sin daño para la musculatura.
5. Previsión prematura del movimiento (anticipación), tomando conciencia del curso del movimiento antes de su iniciación.
6. Previsión de los movimientos ajenos (anticipación).La determinación previa de las consecuencias de un movimiento del contrario es fundamental en los deportes de equipo.
7. Exactitud del movimiento (precisión). Ajustarse a la forma exacta de ejecución, la más favorable mecánicamente hablando, y de ella saldrá la eficacia y la consecución del fin propuesto.

METODOS DE ENSEÑANZA DE LA TECNICA
Existen dos métodos fundamentales para la enseñanza de las técnicas de juego:
• Instrucción directa
• Búsqueda
Instrucción directa o reproducción de modelos

Se basa en dotar al jugador de información directa para solucionar el problema técnico, concretándole cómo debe realizar su ejecución.
Para que se pueda producir este método tienen que darse dos condiciones:
1º. Que exista una solución de probado rendimiento y bien definida.
2º. Que el entrenador le comunique al jugador esta solución.
En la práctica este método se puede llevar a cabo de acuerdo a varios tipos de estrategia: GLOBAL o ANALITICA.
En la estrategia GLOBAL se enseña la técnica en su totalidad. Ejemplo: se propone la ejecución de una finta en el segundo paso con salida por el punto débil y se pide a los alumnos que la realicen de forma completa. A esta forma de enseñar la técnica se le conoce como global pura. Si le pedimos al jugador que se concentre en el pivote entre el primer y el segundo paso estaría utilizando una estrategia global con polarización de la atención. Si resulta muy difícil el aprendizaje podemos optar por una estrategia global con modificación de la situación real: colocar aros en el suelo y dentro pintar I – Z en función del pié a apoyar, marcando, consecuentemente, la secuencia.
A veces no es posible reproducir, de principio, el modelo técnico a seguir debido a su complejidad, es entonces cuando se recurre a la estrategia ANALITICA que consiste en dividir el gesto técnico a realizar en partes más sencillas. Esta puede ser:
Análisis puro: Se divide el gesto en partes en función de lo que se considere más importante aprender en primer lugar y así sucesivamente. Una vez aprendidos todos se procede a la síntesis final.
Análisis secuencial: Se parte el gesto técnico cronológicamente y se practica independientemente, una vez asimilada cada parte se procede a la síntesis final.
Análisis progresivo: Se descompone el gesto en partes. Se comienza a con la ejecución de la primera parte y progresivamente se van añadiendo elementos nuevos hasta completarla. Ejemplo: El lanzamiento en salto.
Este método nos será de gran utilidad en la enseñanza de los elementos técnicos-mecánicos, cuando respondemos al ¿CÓMO?. Sin embargo sería empobrecer el acto de formación si abusáramos de él en la aplicación a la táctica individual.
Enseñanza mediante la búsqueda o resolución de problemas
Muy relacionada con la idea expuesta anteriormente cuando hablábamos de la corriente cognitivista en el sentido de que establece una relación clara entre aprendizaje de la técnica y actividad cognitiva.
En este método el entrenador presenta un problema que el jugador debe resolver (disonancia cognitiva). El jugador o jugadores analizan la situación previamente a la búsqueda de soluciones.
A la hora de plantear problemas desde este método de enseñanza debemos tener en cuenta varios condicionantes:
1º: Que la solución al problema no debe ser conocida de antemano.
2º: Que no debe ser demasiado fácil.
3º: Que debe ofrecer la posibilidad de obtener éxito sino se producirá desmotivación.
4º: Que el planteamiento del problema no debe dar lugar a mayor volumen de verbalización que de actividad técnica.
5º: Que el resultado debe ser evaluable.
Este estilo ofrece menos posibilidades de utilización en la enseñanza de elementos técnicos-mecánicos. Si es muy útil, sin embargo, en el momento de aplicar los elementos técnicos en situaciones espacio-temporales y con oposición, en el aprendizaje de la TACTICA INDIVIDUAL como respuesta al ¿CUÁNDO? Y al ¿DÓNDE?.
2 – EL APRENDIZAJE PERCEPTIVO MOTOR Y SU RELACION CON LA TECNICA DE JUEGO
Desde el punto de vista de las intenciones de juego el jugador debe en todo momento actuar en función del ¿CÓMO?, ¿DÓNDE? y ¿CUÁNDO? Esto implica por su parte:
- Una captación de información de lo que se desarrolla a nivel de su motricidad, siendo el esquema corporal la referencia que le sirve de base, y que consiguientemente depende de las sensaciones receptivas internas.
- Una captación de información de lo que se desarrolla sobre el terreno y que, por tanto, depende de las sensaciones receptivas externas.
La percepción, base sobre la que se desarrolla la intención, da lugar a dos fenómenos fundamentales para el dominio del juego por parte del jugador:
• Seleccionar de la gran cantidad y variedad de elementos del juego aquellos importantes para el resultado del mismo y, además, ser capaz de aprender a jerarquizarlos por orden de importancia. A esta capacidad se le conoce como ATENCION SELECTIVA. Con frecuencia la dificultad para el dominio de la técnica de juego no viene determinada por un defecto de ejecución, sino por no ser capaz de ajustar la tarea desde el punto de vista perceptivo. Por ello es obligatorio la familiarización con las peculiaridades perceptivas previamente al dominio de la técnica (ejecución).
• ANTICIPACION PERCEPTIVA. Para recoger y reconocer al nivel del juego los indicios que permitan prever la evolución de una situación antes de que se materialice. Es lo que va a permitir, con el tiempo, forzar una falta de ataque o interceptar un balón.
Estos dos elementos son los que van a determinar la velocidad de juego óptima que puede obtener un jugador. A mayor capacidad de selección y anticipación mayor va a ser la posibilidad de velocidad que le pueda imprimir a sus gestos técnicos. Además, es algo de lo que el propio jugador debe ser consciente para evitar acumular errores.

CAPACIDADES PERCEPTIVO-MOTRICES A DESARROLLAR EN BALONMANO PARA LA ADQUISICION DE LA TECNICA
COORDINACION COORDINACION OCULO-MANUAL

MO
TRI
CI
DAD
COORD. DINAMICA-SEGMENTARIA

COORDINACION DINAMICA-GENERAL

EQUILIBRIO EQUILIBRIO
AJUSTE CORPORAL

ESTRUCTURACION
ESPACIO-TEMPORAL PERCEPCION ESPACIO-TEMPORAL
ESTRUCTUR. DEL ESPACIO DE ACCION

3 – METODOLOGIA DE LA ENSEÑANZA EN ESTA ETAPA
PRINCIPIOS METODOLOGICOS
- Debe utilizarse predominantemente una metodología global (juego) y el constante análisis de los comportamientos observados.
- Debemos tener en cuenta que nos encontramos en la etapa de consolidación de la lateralidad, por lo que debemos favorecer el desarrollo del lado débil y el perfeccionamiento del lado dominante.
- El grado de complejidad debe reducirse al número elevado de repeticiones de ejercicios técnico-tácticos.
- Intensidad baja y ejecución con variabilidad que cree una amplia disponibilidad motriz, basada en la aplicación y utilización de movimientos básicos.
- Trabajo con grupos pequeños en espacios amplios.
- Práctica de diversos juegos y competiciones.
PAUTAS METODOLOGICAS
1º - Va a ser preferible el planteamiento de problemas que den lugar a la creación de técnicas flexibles que la realización de estereotipos concretos repetidos. El dominio del pase se puede tratar de conseguir pasándose dos compañeros estáticos o con un defensor en medio. En el primer caso va a dar lugar a la creación de gestoformas mecanizadas y en el segundo a la formación de un repertorio más o menos amplio para evitar al defensor. Es por ello que debe evitarse al máximo el aprendizaje mecanizado tratando de que este se produzca a través de movimientos:
Adaptados a la situación concreta.
Aplicables a otras situaciones, y
Transferibles al juego real.
De esta manera se produce una mayor interiorización del movimiento por medio del establecimiento de relaciones causa/efecto, además de conseguir una mayor relación con el juego.
En relación con estos aspectos no hay que olvidar que el niño necesita completar el proceso:
PERCIBIR.................................. PENSAR/DECIDIR............................. ACTUAR
..........CONOCIMIENTO EJECUCION/RESULTADOS.....................
y no solamente el último (actuar).
En esta etapa va a tener mayor importancia la actividad perceptiva, sobre todo lo que se refiere a la percepción del entorno, así como la percepción de uno mismo.
2º - Va a ser necesario adecuar las reglas de juego a las posibilidades del niño en cuanto a:
- Terreno de juego (más pequeño).
- Area semicircular (posibilidad de tener ángulo de tiro desde cualquier posición).
- Duración de los partidos.
- Numero de jugadores dentro y fuera del campo, y
- Tamaño del balón.
En este sentido ANTON, J.L. propone lo siguiente:
- Además de la reducción del área de portería y darle forma semicircular,
- Reducir el terreno de juego a medidas 20-22 metros de largo por 10-12 de ancho.
- Reducir la portería a 3 x 1,80 m.
- Reducir el número de jugadores a 3x3, 4x4 y 5x5 más los porteros.
- No más de dos reservas por equipo.
- Dos tiempos de 10-12 minutos.
- Juegos múltiples (multibalones, multiblancos, multimetas...).
- Promover funciones de árbitros-entrenadores en los jugadores.
- Posibilidad de eliminar el saque de centro.
3º - Además de aprender, el niño debe divertirse. Para ello es importante la utilización de formas lúdicas. Hay que aprovechar las necesidades intrínsecas de movimiento que tiene el niño.
4º - El objetivo más general va a ser iniciar el juego. La situación más corriente en el juego colectivo es la formación de "paquetes" o "enjambres" en los que lo importante es poseer el balón aunque no exista avance espacial. Ante esto hay que crear situaciones pedagógicas que permitan al niño (y a todos los niños) participar en el juego con balón. Para ello va ser imprescindible la ejecución de juegos o ejercicios en grupos reducidos en los que la monopolización o la inhibición sean difíciles.
5º - Desde la perspectiva táctica hay que comenzar por hacer que el niño reconozca la diferencia
Posesión del balón............................... No posesión del balón
Atacante.................................... Defensor
6º - En cuanto a los sistemas o estrategias a aplicar, se exponen a continuación algunas ideas que pueden darle mayor eficacia al proceso de aprendizaje:
- Hacer utilizar el espacio de forma racional en cuanto a anchura y profundidad.
- No utilizar puestos específicos, dejar que el niño ocupe el espacio amplio libremente.
- Utilización predominante de la defensa hombre a hombre en todo el campo o en zonas determinadas.
- Relacionado con el concepto de profundidad, introducir la idea de ganar terreno.
- Concepto de lucha por la posesión del balón.
- Defensa en dos líneas y ataque a la defensa en dos líneas.
- Omitir la fase de organización del ataque.
- Repliegue defensivo no organizado. Relación hombre-hombre.
7º - La metodología de trabajo deberá condicionarse a una serie de factores que debemos respetar a la hora de diseñar las sesiones:
a) El aumento de la dificultad de la progresión vendrá dado por:
- La exigencia de realizar movimientos previos o posteriores
- Por el menor tiempo de realización/aumento de la velocidad de ejecución.
- Aumento de las posibilidades
- Modificación de las posiciones, situaciones u orientaciones.
b) Alternar continuamente secuencias de trabajo de JUEGO con la evolución de CONTENIDOS ESPECIFICOS concretos de forma independiente.
c) Las PAUSAS a lo largo del entrenamiento son preferibles muchas y cortas que pocas y muy largas, de esta manera permitiremos una mejor recuperación y evitaremos pérdidas de atención y concentración en el trabajo.
d) Es conveniente dar regularmente REFUERZOS POSITIVOS para ayudar al niño a autoafirmarse, madurar su propia imagen y ayudarle en el proceso de aprendizaje. Las recompensas, premios o trofeos no son tan aconsejables pues pueden inculcar un concepto mercantilista del deporte desde estas edades. La idea sería fomentar la mejora personal ante el trabajar para conseguir premios. Aprovechar aquello que hace bien para fijarlo y hacer reflexionar sobre los errores.
8 - Con relación a la COMPETICION Y AL GRADO DE PARTICIPACION, es preferible la organización de torneos cortos múltiples antes que ligas largas. De la misma manera, si se puede, se tratarán de evitar los campeonatos eliminatorios, para garantizar un cierto grado de participación.
En cuanto a la estabilidad de los equipos, se puede modificar la estructura de estos para garantizar que siempre jueguen juntos los mismos jugadores y para asegurar una mayor competitividad.
Los cambios de jugadores es mejor realizarlos en función de criterios de tiempo de participación que de rendimiento.
No se debe olvidar nunca que la competición, aunque es necesaria para que el niño desarrolle sus aprendizajes, puede no resultar conveniente si limita las posibilidades de participación y si crea en el niño excesivo estress por conseguir victorias (Aquí hay que tener cuidado con el elemento extradeportivo: familia, espectadores, profesores, etc...).
El volumen mínimo de trabajo semanal debería ser de dos sesiones semanales de una duración máxima de 1 hora y 15 minutos.
La relación recomendada entre Entrenamiento y Competición se sitúa al principio de 2/1 (2 entrenamiento/1 partido), para situarse posteriormente en 3/1.
Finalmente es necesario apuntar, con respecto a la competición, que se deben evitar los desplazamientos largos fuera de la ciudad, circunscribiéndose el dominio competitivo a la propia ciudad y sobre todo a la propia Escuela Deportiva.
9.- En esta etapa entre el 60 y el 80 % del trabajo debería tener todavía carácter genérico, y para ello hay una serie de actividades complementarias que pueden ayudar al enriquecimiento de la motricidad del niño como pueden ser:
- La Gimnasia Básica, para la mejora general, las cualidades físicas básicas...
- El Atletismo básico, que contiene elementos que se van utilizar en el Balonmano de una manera específica: carreras, saltos, lanzamientos, coordinación...
- El Fútbol reducido, que mejora la motricidad de las piernas, coordinación óculo-pédica...
- El minibasquet, para la coordinación general, la capacidad de salto, la motricidad de las piernas, finura del movimiento de brazos y manos...
- Juegos acuáticos, coordinación, resistencia general, fuerza...
- Patinaje, mejora la coordinación de movimientos, educa el equilibrio...
- Excursiones y marchas, actividades en la Naturaleza, resistencia, adaptación al medio...
- Judo, fuerza, respeto al adversario, valores morales...
10.- Todas estas pautas están guiadas por dos ejes fundamentales:
- EL MOVIMIENTO (fundamental en toda actividad física), debe predominar sobre otro tipo de situaciones (explicaciones, razonamientos, etc.).
- PARTICIPACION, dar posibilidades a todos para mejorar su nivel. No estamos en edades de seleccionar jugadores sino de enseñar y que todos puedan realizarse jugando a Balonmano.
Es importante que previo al inicio específico en el campo del Balonmano el niño haya tenido experiencias en las que elementos de Balonmano convivan con otros deporte: INICIACION PRE-DEPORTIVA. Que lleguen a dominarse los elementos que refinados dan lugar a la técnica deportiva: EDUCACION FISICA DE BASE

Treino técnico-táctico I II III IV Paulo Pereira

Treino técnico-táctico e desenvolvimento das capacidades motoras (parte I)
Embora não partilhe no seu todo das ideias que sustentam a "periodização táctica", abro aqui um tema actual de discussão que procura a relação ideal na forma de trabalhar os factores técnicos e tácticos juntamente com os factores associados às capacidades físicas requeridas para o jogo.
Este texto foi amavelmente cedido por Pedro Daniel Violante Teixeira e surge no âmbito de uma reflexão resultante dos trabalhos que decorrem no 2º Master Coach actualmente em curso em Portugal.
Que relação estabelecer entre treino técnico-táctico e o desenvolvimento das capacidades motoras?

UM NOVO CONCEITO

A “norma de treinar” dedica grande parte das suas preocupações a desenvolver pretensas capacidades que são tidas como fundamentais e por isso merecedoras de particular atenção. Força rápida, força resistente, força explosiva, velocidade de reacção velocidade de deslocamento, velocidade resistente, resistência anaeróbia, são tudo factores treináveis.

Numa lógica de “treino integrado” ou em conceitos mais compartidos de aquisição das referidas capacidades, no processo tradicional de treino, são usuais sessões de treino fora do recinto do jogo, as sessões de treino bidiárias, os treinos intervalados, os treinos em circuito ou por estações, os exercícios continuados extensivos, continuados intensivos, intervalados extensivos, intervalados intensivos e outros mais.

Surgiu no futebol há poucos anos um novo conceito que questiona estes métodos, a “Periodização Táctica” pondo em equação dois conceitos “Treinar para jogar” ou “Treinar para treinar para jogar”, e falo destes conceitos chave, na medida em que este último tem sido alvo de inúmeras comunicações na nossa modalidade, na sua maioria pelo conceituado Fisiologista “José Soares”.

Ao longo da minha formação fui tendo acesso a diversos métodos de trabalho, e que servem de base aos fundamentos do trabalho que fui fazendo, que se por um lado quase todos se revelaram singulares, por outro, todos nos remetem para o tal “Treinar para treinar para jogar”, pelo que existe um domínio razoável dos conceitos. É certo que esse domínio é relativo e todos os dias nos surgem dúvidas metodológicas, contudo nesta reflexão gostaria de uma forma lata abordar uma nova ideia que foi implementada num desporto colectivo – futebol. Será que poderemos encontrar algumas respostas para alguns problemas que nos vão surgindo na nossa modalidade?

“Periodização táctica” – “Treinar para jogar” – Uma experiência no futebol.

Todo o processo de treino é consubstanciado por um modelo de jogo construído e conceptualizado em princípios, subprincípios e subprincípios dos subprincípios de jogo. O domínio absoluto deste plano é decisivo para a construção de um método de treino

Oliveira, Amieiro, Resende e Barreto dizem:
“Mourinho, em momento algum perde a ideia do todo – do seu jogar. Não o concebe estilhaçado em quaisquer factores e, nessa medida, resistência aeróbia, força resistente, etc, não são factores que mereçam atenção da sua parte. Sabe que algo parecido com isso existe no seu jogar, mas como consequência do acontecer do mesmo. E sabe também que só subordinar de todo o processo de treino à supra dimensão táctica, lhe permite mobilizar a subdimensão física na singularidade que o seu jogar requisita.”

Contudo a subdimensão física serve de critério para calibrar a relação desempenho recuperação no padrão semanal de treino.
Publicada por Paulo Pereira em 8:56

Treino técnico-táctico e desenvolvimento das capacidades motoras (parte II)
Mourinho diz:
“As minhas preocupações diárias são dirigidas para a operacionalização do nosso modelo de jogo. Contudo, a estruturação da sessão do treino e do que fazer em cada dia não está apenas relacionada com objectivos tácticos, mas também com o regime físico a privilegiar, na medida em que tenho de ter em conta, por exemplo, os aspectos da recuperação, nomeadamente no que diz respeito à proximidade ou não do jogo anterior e do próximo. Portanto, num determinado dia o trabalho táctico-técnico incide mais sobre a recuperação do último jogo, noutro dia sobre aquilo a que eu para simplificar chamo força técnica, e assim sucessivamente.”

Oliveira, Amieiro, Resende e Barreto dizem:
“Há que ter a noção de que, para se poder progredir, é também preciso ordenar, hierarquizar. Isso é que leva ao operacionalizar! Mas, atenção, não é a convencional progressão do geral para o específico, do volume para a intensidade, do aeróbio para o anaeróbio. É uma progressão que diz respeito à hierarquização dos princípios de jogo, por um lado, e àquela que acontece com a diferenciação do esforçar ao longo da semana por outro. Estamos portanto a falar de uma progressão como pano de fundo da aquisição de jogar e ela acontece, pelo menos, a três níveis: ao longo da época, ao longo da semana – em função do que foi o jogo anterior e o que será o próximo – e ao longo de cada unidade de treino. É pois uma progressão complexa, onde cada um dos níveis tem a ver com os demais.”

Mourinho diz:
“Logo a partir do segundo microciclo semanal da época, e estou a falar do período ao qual convencionalmente chamamos de período pré-competitivo, os microciclos são basicamente iguais até ao final da época. Quer ao nível dos princípios e objectivos de trabalho, quer em termos físicos. Só ao nível da dominante táctico-técnica é que vou fazendo alterações nos conteúdos a potenciar, em função das dificuldades sentidas no jogo anterior e daquilo que vai ser o próximo. Mas, falando da dimensão física, que é aquela que está mais associada à periodização convencional, os objectivos são os mesmos desde o segundo micro ciclo até ao último. O primeiro micro ciclo é de adaptação, em que eu procuro fazer uma readaptação ao esforço não mais do que isso.
Nessa primeira semana não procuro qualquer incremento a esse nível, mas simplesmente que eles se adaptem aquilo que é a especificidade do jogo. A partir da segunda são ciclos semanais que se repetem. Portanto, só utilizo micro ciclos semanais. Aquelas que são as minhas linhas mestras em termos de padrão semanal ao nível da dominante física são iguais tanto no mês de Julho como no mês de Abril do ano seguinte.”

Oliveira, Amieiro, Resende e Barreto dizem:
“Com jogo domingo a domingo, Mourinho tem permanentemente três dias em que procura, de uma forma mais incisiva o crescimento dos desempenhos da equipa – a quarta, a quinta e a sexta-feira – sem que possa alienar o que o jogo anterior lhe trouxe e o que tem de salvaguardar por não saber o que o seguinte lhe vai trazer.”

É nestes três dias que a lado aquisitivo do treinar está mais presente, em que o desenvolvimento das capacidades condicionais estão mais presentes, mas sempre com a supra dimensão do táctico como motor.


Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008
Treino técnico-táctico e desenvolvimento das capacidades motoras (parte III)
Mourinho diz:
“Ao privilegiar a vertente táctica, portanto, a organização que eu pretendo, estou a privilegiar todas as componentes do rendimento, pois é por necessidade do táctico que surgem todas as outras. É a partir do trabalho táctico, da operacionalização do meu modelo de jogo, que vou conseguir uma adaptação específica nas outras componentes. Se o nosso táctico é singular, tudo o que dele deriva é singular também. Por isso é que eu digo que não acredito em equipas mal preparadas fisicamente, mas em equipas identificadas ou não com uma determinada matriz de jogo, adaptadas ou não a uma determinada forma de jogar. Porque a adaptação fisiológica é sempre específica, singular, de acordo com essa forma de jogar”

“Julgo que é importante definir a imagem que quero dar quando falo em força, resistência e velocidade no futebol. Os conceitos tradicionais que podemos encontrar nos livros sobre metodologia de treino são gerais e ficam muito aquém do que eu penso que devem ser. Eu não perspectivo a força, a resistência e a velocidade de um ponto
vista quantitativo, mas contextualizado àquilo que é o futebol e, fundamentalmente, à nossa forma de jogar.
Não temos a preocupação de quantificar se o jogador faz dez ou quinze mudanças de direcção. A nossa preocupação, na construção do exercício, é que o mesmo em si arraste consigo uma dominância dessas acções. ”

Quando falamos em especificidade normalmente falamos em trabalho de compensação com a finalidade, essencialmente, de prevenirmos lesões, também aqui o conceito é muito diferente.

Mourinho diz:
“O facto de as minhas equipas terem poucas lesões não traumáticas não é acaso. O treino tem aqui um papel determinante. O músculo está tanto mais preparado para o esforço e para a época quanto mais específico for o trabalho realizado. Isto é linear, é pragmático e é básico. E o que é que prepara melhor o músculo? São as acções que nós denominamos, para mais fácil entendimento, de “força técnica”, isto é, acções táctico-técnicas realizadas a intensidades altíssimas e a velocidade elevada. Por exemplo, uma travagem seguida de um contacto físico e de uma mudança de direcção com um sprint é uma acção de força muito mais específica do que um press de pernas de 200Kg.

Portanto, o músculo está muito mais preparado e adaptado para o esforço do jogo se trabalharmos desta forma.
Por vezes, as pessoas estão obcecadas com a vertente física, que só vêem o músculo como um órgão gerador de trabalho e não como um órgão sensível. Esquecem-se que ele é um órgão sensível com uma capacidade absolutamente fantástica de adaptação ao movimento regular.”



Sábado, 29 de Novembro de 2008
Treino técnico-táctico e desenvolvimento das capacidades motoras (última parte )
Este é um novo método, um método utilizado no futebol, um método que obteve resultados muito relevantes e esse é o desígnio do alto rendimento, mais do que avaliar se esses sucessos estão ligados a este conceito ou a factores de outra ordem, interessaria perceber os princípios gerais e fazer o transfer para o andebol:

De uma forma geral:

1 - Definir claramente e exaustivamente o nosso processo de jogo, recorrendo à hierarquização dos princípios de jogo.
2 – Definir as solicitações fisiológicas inerentes a cada princípio nas várias fazes do jogo.
3 – Construção do microciclo, que por conceito é imutável durante a época toda, equacionando os momentos de aquisição e de recuperação, potenciando a progressão.
4 – Trabalho de criação de exercícios que consubstanciem a construção das unidades de treino, sempre numa lógica de ligação íntima à supradimensão táctica.

Interessa reter este novo conceito, ainda que pouco sustentado no plano científico essencialmente por duas ordens de razão: quer por não se conhecer exaustivamente o desenvolvimento do método quer por ser um método de carácter qualitativo, pouco mensurável e consequentemente de mais difícil investigação. Interessa reter, em primeira instância, na medida em que o jogo de andebol é substancialmente mais rico no plano táctico do que o futebol, pelo que um método que potencie a sistematização dos detalhes afectos a esse plano parece-me logo, só de si, um factor abonatório e se nesse registo potenciarmos as tais capacidades condicionais, é bem claro então que estamos a rentabilizar as unidades de treino.
Por outro lado, todo este encadeamento de novas ideias põe claramente em causa uma série de conceitos, que por serem mais ou menos consensuais, quase se tornaram axiomáticos na teoria do treino para o alto rendimento, há que, ao invés, estarmos abertos às novas tendências e questionarmo-nos, investigarmos e desmistificarmos qualquer verdade até então inquestionável.